TODO PROBLEMA É SEMPRE UM PROBLEMA DE SABEDORIA
quarta-feira, 17 de julho de 2013
terça-feira, 2 de julho de 2013
RACIOCÍNIO DESNECESSÁRIO
E Jesus, percebendo isso, disse: Por que arrazoais entre vós, homens de pequena fé, sobre o não vos terdes fornecido de pão?Mateus 16.8
O Senhor Deus dotou o homem de uma mente inteligente, a qual precisa estar sempre ativada, e é de suma importância que ele viva bem nesta terra. Porém, quando se trata dos assuntos de que Ele nos fala, a capacidade de entender a Palavra de Deus tem de vir dEle. Tudo o que o Altíssimo lhe mostrar em Sua Palavra será, necessariamente, discernido com a ajuda do Espírito Santo. Enganam-se, porém, os que tomam decisões por conclusões lógicas.Ao chamar sua atenção para algo em Sua Palavra, o Senhor o convida a buscá-Lo e, assim, a receber a direção do que Ele fez você ver. Jesus garantiu: Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á. Porque aquele que pede recebe; e o que busca encontra; e, ao que bate, se abre(Mt 7.7,8). Portanto, jamais descarte o que lhe saltou aos olhos! Em vez disso, ore, pois, quando entender a revelação divina, sentirá uma alegria com o que lhe foi dito; essa é a prova de que esse recado veio de Deus.O Senhor chamou a atenção dos discípulos, dizendo que deveriam ter cautela com o fermento dos fariseus (Mt 16.6). Eles entenderam a falta que tinham de algo do qual se esqueceram: fornecer-se de pão. Ora, a lógica funciona somente no que diz respeito aos assuntos materiais, e não aos espirituais. Eles nem se deram conta do que Deus lhes dizia; apenas supuseram que lhes falasse sobre os pães por terem-se esquecido de levar o que se fazia necessário.Para as questões normais da vida, se colocarmos a nossa mente em funcionamento, encontraremos solução. Quando o homem descobre a atitude que deve tomar – e a toma de fato, chegando, assim, a um resultado satisfatório –, não pode fazer disso uma doutrina. A Palavra do Senhor nos adverte de que a quem acrescenta algo à revelação estão reservadas as pragas contidas na Bíblia (Ap 22.18). Sempre o que vem de Deus será entregue por revelação sobre o que já está escrito.Portanto, fique sempre atento ao ler as Escrituras ou escutar a pregação da Palavra. Isso não significa que você deve ficar ansioso, como se estivesse em um campeonato para disputar quem recebe mais revelações divinas. Porém, quando sentir que Ele lhe está falando algo, recorra a Bíblia Sagrada e verifique se está de acordo com ela o que você pensa ser revelação. Em caso negativo, descarte-o completamente.Não há nem haverá erro na Santa Escritura, tampouco o Senhor lhe revelará algo novo que não tenha sido registrado nela. Seguindo a direção da Palavra, você verá que é desse modo que Ele guia Seus filhos. Ainda hoje, precisamos guardar-nos do fermento dos fariseus, que estão em toda parte. Você os conhece por transmitirem tantos ensinamentos, mas nunca praticarem nada do que falam.
NÃO SEJA UM MAU SEMEADOR
O que semear a perversidade segará males; e a vara da sua indignação falhará.Provérbios 22.8
Todas as pessoas podem ser semeadoras da justiça divina ou da perversidade. Os comentários que fazemos a respeito de qualquer assunto pesam muito na maneira como viveremos. Quem se omite em dizer a verdade abre mão da grande chance de entesourar bênçãos para o futuro. Quando o cristão fecha a sua boca e não fala da solução, perde a capacidade de operar o poder divino. Sempre fale do que Deus pode e quer fazer.Em todos os momentos, estamos semeando alguma semente e, se não plantamos a boa Semente – a Palavra do Senhor –, nós nos tornamos semeadores do joio, de ventos que trarão tempestades e todo tipo de sofrimento. A pior atitude que alguém pode cometer é omitir-se em dizer a verdade, pois, com isso, impede a justiça divina de se manifestar e dar fim à angústia. Nunca perca a oportunidade de fazer o bem.Não é por acaso ou simples sorte que os filhos de Deus tomam conhecimento de algo, conhecem certa pessoa ou estão em determinado local. Para tudo isso há um propósito divino! Quando, por exemplo, vemos o mal atuar na vida de alguém, é nossa obrigação deixar o Espírito de Deus nos usar. O que falarmos será “o fiel da balança” na vida de qualquer pessoa: se dissermos o negativo, impediremos o poder divino de operar naquela vida.Se o cristão não diz a verdade, deixa a pessoa que está em apuros sem o consolo de Deus e, com isso, desperdiça uma oportunidade de ouro de pôr a autoridade divina em ação e de receber, em troca, Seu favor. Jamais feche sua boca, pois em você há solução para todos os problemas, desde que fale segundo a Palavra do Senhor. Por isso, procure nunca andar no natural, mas, sim, respirando a presença divina.Jamais concorde com o diabo, pois ele sempre usa de mentira para fazer alguém ficar em desespero e, assim, tomar as mais loucas decisões. Como representante do Pai, você tem o poder de que os perdidos precisam, mas, se não o usar, estará ajudando o tentador. Ora, por que não usar o que o Senhor lhe tem dado? Ainda que você dê um copo de água (Mc 9.41) – um recadinho da Palavra – ao sedento, haverá galardão para a sua ação.Seja um amigo de Deus e nunca se envergonhe de andar com Ele. Com isso, você verá que sempre haverá momentos em que pode intervir, e, com o tempo, isso se tornará algo normal para você. O Senhor nos comissionou como Suas testemunhas em todo o mundo (Is 43.10). Portanto, permita que Ele o use! Assim, você descobrirá que ficou mais forte na fé, mais poderoso em oração e mais ousado para enfrentar as lutas que lhe sobrevierem.
QUEM NOS DERROTARÁ?
Porque o SENHOR é a nossa defesa, e o Santo de Israel, o nosso Rei.
Salmo 89.18
Não é muita coisa que precisa ser feita para você não ser derrotado pelas forças infernais; pois, se olhar para a Palavra, conforme Ela lhe é revelada, deixará de intimidar-se com as ameaças do diabo. Se estiver em comunhão com o Senhor, por mais decidido que o inimigo pareça estar, ele não conseguirá derrotá-lo. Por intermédio do salmista, o Criador registrou que seria a defesa do Seu povo, e o primeiro passo para ser guardado pelo Pai é crer no que Ele promete.O diabo é mestre em pintar o quadro bem sombrio, para que o cristão que não conhece o que o Senhor diz se desespere e desista de segui-Lo. Ora, o que o Senhor revelou jamais será retirado; entenda que não há a mínima chance de não suceder como Ele falou, ainda que tudo ao seu redor diga que você não conseguirá. Quando Deus fala sobre algo, aquilo está determinado para acontecer e, se você crer no que Ele declara, Sua Palavra não falhará.Veja o que tem acontecido com você ultimamente. Reflita se o seu coração tem sido firme em crer no Senhor, ou se você tem deixado que as mentiras do inimigo se tornem senhores sobre a sua vida. Se não há maldição sem causa, como as Escrituras dizem (Pv 26.2), alguma coisa fez com que o Pai não pudesse guardá-lo. Feche esta porta e verá que Deus operará o que tem prometido quando não houver mais o que impede o Seu agir.Coloque, em seu coração, que o Senhor, o Deus Todo-Poderoso, é a sua defesa. Se alguma coisa ruim o atingiu, a culpa foi toda sua. Se não sabe o que deu ao maligno entrada em sua vida, ore para que isso lhe seja mostrado. Veja bem, se não conseguir fechar a entrada que Satanás usou, ele o fará de novo e, em vez de você crescer na graça e fortificar-se na fé no Senhor, experimentará outras investidas malignas.Na história da nação de Israel, vemos que os filhos de Deus davam entrada ao inimigo, quando se distanciavam dos mandamentos. Analise se isso não tem ocorrido com você. A fé em Cristo traz paz, prosperidade e as demais bênçãos; porém, com isso, muitos deixam de buscar a divina presença, e o resultado é que o diabo enche a mente e o coração deles com suas tentações, assim, eles se afastam de Deus e se aproximam de Satanás.Seja o que for que permitiu o inimigo tocá-lo, não aceite isso como final. O Senhor sempre está pronto para perdoar e levantar aquele que caiu. Quando Israel voltava-se de todo o seu coração, era perdoado e passava a ter em Deus sua defesa novamente. Com isso, o diabo perdia a capacidade de tocar no povo santo. Isso pode ocorrer com você agora (1 Jo 5.18).
AS ANTIGAS BONDADES ESPERANÇOSAS
Senhor, onde estão as tuas antigas benignidades, que juraste a Davi pela tua verdade?Salmo 89.49
O salmista indagou o Senhor pelas Suas antigas benignidades prometidas a Davi sob juramento. Ao colocar isso em Seu Livro Santo, Deus estava nos dizendo que elas nos pertencem e Ele não Se esqueceu delas. Em caso de necessidade, clame por elas, pois o Criador tem prazer em confirmá-las. O Altíssimo sabia que tipo de pessoa estava escolhendo quando o trouxe para Seu Reino, por isso, o Pai não Se furtará a confirmar essas antigas benignidades.Davi soube ouvir o Senhor, e isso fez com que se tornasse o rei mais importante em Israel, garantindo que as fronteiras do seu país ficassem intactas e fazendo com que a maioria das nações ao derredor se tornasse tributária a Israel. Ele ainda foi usado como escritor da maioria dos Salmos. Quem ler seus escritos chegará à conclusão de que ele também era profeta do Senhor, por isso recebeu do próprio Deus a declaração de ser segundo o Seu coração (At 13.22).É bom saber que qualquer pessoa pode inspirar-se no exemplo deixado pelo filho de Jessé e cumprir, com fé e determinação, tudo o que o Senhor tem preparado para ela desempenhar. Em cada geração, o Altíssimo levanta aqueles que devem realizar Sua obra, e os que a fizerem com mãos limpas, verão que Ele, de fato, é um Pai que Se preocupa com aqueles que Lhe servem em espírito e em verdade (Jo 4.23).As antigas benignidades do Senhor lhe pertencem hoje, como pertenciam a Davi nos seus dias. Os que servirem a Ele com inteireza de coração verão que não há acepção de pessoas no coração divino. Todo aquele que foi aceito no Reino de Deus se converteu, nasceu de novo e está capacitado para desfrutar das esperanças bondosas do Senhor. Assim, quando ele clama o seu direito no Corpo de Cristo, agrada a Deus.O bonito desse registro santo é que essas bondades esperançosas de Deus foram dadas a Davi. O Senhor jurou a Davi pela verdade, para que ele não tivesse a menor dúvida daquele ato. A mesma coisa é feita para com todo aquele que recebe uma palavra do Senhor. Isso demonstra que o Altíssimo quer que tenhamos fé completa ao reivindicarmos o que é nosso. Se você já foi iluminado com alguma revelação bíblica, reivindique o cumprimento dela.Se, um dia, você se sentir “no vermelho” com Deus, não tenha medo de entrar em Sua presença, pois Ele sabia tudo a seu respeito quando o chamou para ser dEle; por isso, essas bondades esperançosas que foram juradas a Davi servirão como uma fiança para que você consiga o favor divino. Mesmo que você se sinta indigno, o Todo-Poderoso honrará o que tem falado a seu respeito e jamais o abandonará.
A ORAÇÃO QUE DEUS ACEITA
Menor sou eu que todas as beneficências e que toda a fidelidade que tiveste com teu servo; porque com meu cajado passei este Jordão e, agora, me tornei em dois bandos. Gênesis 32.10
Uma das coisas que mais nos atrapalha é a presunção de que fomos escolhidos por sermos melhores do que os outros ou merecedores do favor divino. O versículo de hoje foi parte da oração que Jacó proferiu, a qual o fez conquistar a bênção do Senhor. A arrogância só nos afasta de Deus, assim como a falsa humildade. Quando recebemos uma revelação do Altíssimo, devemos apegar-nos a ela e desprezar qualquer outro sentimento – esse é um ato de humildade.Jacó, cabeça das 12 tribos de Israel, aprendeu a falar com Deus. Seus pais foram tementes ao Senhor, e seu avô, Abraão, foi bem-sucedido em sua caminhada por causa da confiança em Quem o chamou para sair da sua terra e ir para onde lhe seria mostrado. Tendo aprendido com quem venceu, ele sabia orar e prevalecer. Jacó entendia que somente o Senhor poderia aplacar a ira que dominava o coração de seu irmão, por isso teve sucesso.O patriarca começou a orar dizendo que o Senhor era o Deus de seu pai Abraão (v. 9). Com essas palavras, ele colocava-se como parte da Aliança que o Criador havia feito com seu avô. Por isso, tinha direitos que não lhe podiam ser negados. Esse é o modo como devemos entrar na divina presença, pois as bênçãos de Abraão chegaram até nós por intermédio de Jesus. Diante dessa premissa, não há como ter negados os pedidos feitos de maneira correta.Em sua oração, Jacó lembrou ao Senhor o que Ele lhe tinha dito, quando lhe ordenou que voltasse para sua terra e à sua parentela, prometendo fazer-lhe bem (Gn 32.9). Tudo o que você ouvir de Deus não descarte; pois, quando Lhe obedecer e encontrar-se em apuros, você poderá orar com firmeza, pedindo ao Pai celeste que Se lembre do que lhe falou, e Ele cumprirá aquilo que lhe prometeu.Esse servo do Senhor achava-se indigno de todas as misericórdias que Deus havia dispensado a ele. Jacó falou da fidelidade que o Todo-Poderoso lhe havia demonstrado, lembrando que atravessou o Jordão sem nada, tendo apenas o seu cajado e, agora, havia-se tornado em dois bandos. É bom ser grato e expressar a gratidão em oração, porque esse ato faz com que o Pai veja que você não se esquece dos benefícios que lhe são feitos.Jacó não agradeceu somente, pois queria mais; ele sabia da periculosidade de seu irmão Esaú e o temia. Também não deixou de mencionar outra grande promessa que havia recebido do Senhor, em que Ele lhe prometera fazer bem, dando-lhe uma descendência que seria inumerável como a areia do mar. Por essa razão, Jacó teve sua oração atendida. Creia: quem seguir as instruções de Deus também terá seus pedidos atendidos.
PARA A GLÓRIA DE DEUS
Se o Deus de meu pai, o Deus de Abraão e o Temor de Isaque, não fora comigo, por certo me enviarias agora vazio. Deus atendeu à minha aflição e ao trabalho das minhas mãos e repreendeu-te ontem à noite. Gênesis 31.42
Jacó ficou irado com a atitude de seu sogro e o fez ver Quem não permitira que ele o oprimisse. A fé em Deus é a maior ajuda que alguém pode ter em sua vida, pois o Senhor defende os que nEle creem, ajudando-os em seus momentos de necessidade e fazendo-os prosperar. Por isso, aquele que fizer do Todo-Poderoso a sua fortaleza passará a ser vitorioso em tudo, mas os que não confiarem plenamente nEle verão que não foi boa a atitude que tomaram.Jacó conhecia o Senhor como o Deus de Abraão, seu avô. Isso porque a fé que o patriarca dos hebreus tinha no Criador o ajudara inúmeras vezes. Ela fez, por exemplo, com que Faraó fosse repreendido pelo Altíssimo por ter tomado Sara para ser sua mulher. De modo igual operou quando Abimeleque, rei de Gerar, tomou Sara com o mesmo propósito. Este foi severamente ameaçado para que a devolvesse intacta; caso contrário, seria um homem morto.Isaque foi proibido de descer ao Egito e, por causa da sua obediência, foi abençoado. É importante que nossos filhos – naturais ou espirituais – também aprendam a respeitar as ordens divinas. Jacó mencionou o temor de Isaque, mostrando que o respeito que seu pai tinha por Deus o levara a confiar completamente nEle. Por causa dessa atitude, o Onipotente admoestou Labão na noite anterior.Jacó afirmou que o Todo-Poderoso havia atendido à sua aflição. Ora, por 20 anos ele servira ao sogro – 14 pelas duas filhas e 6 pelo rebanho. No entanto, sofreu calado, porque sabia que aquilo vinha do Altíssimo e fazia parte do seu treinamento para se apresentar diante de Deus como servo aprovado. Até que chegou o dia em que o Senhor lhe disse que seu tempo de sofrer havia acabado e ele deveria voltar aos seus familiares.Ao descrever suas condições de trabalho durante as duas décadas de serviço a Labão, Jacó falou que, de dia, andava consumido pelo calor e, de noite, pela geada. O sono fugia dele, pois sua dedicação era contínua. Isso mostra que, muitas vezes, somos levados ao sofrimento extremo, sendo salgados com fogo; afinal, se não fosse assim, ficaríamos perdidos com as coisas desta vida e, portanto, seríamos imprestáveis para o Senhor.Os que são usados por Deus tem atrás de si uma história de dificuldade. Porém, nada fica oculto aos olhos do Pai, nem mesmo a mudança do nosso salário, como ocorreu dez vezes com Jacó. Ainda que o homem pense que nos usa como escravo, é o Altíssimo que nos coloca em determinadas situações como parte do treinamento. Isso para que, um dia, possamos ser usados em algo maior, para a glória de Deus.
O PECADO DE DESPREZAR A VOZ DE DEUS
E tomarei o resto de Judá, que pôs o rosto para entrar na terra do Egito, a fim de lá peregrinar; e ele será todo consumido na terra do Egito; cairá à espada e de fome morrerá; consumir-se-ão, desde o menor até ao maior; à espada e à fome morrerão e serão uma execração, e um espanto, e uma maldição, e um opróbrio.Jeremias 44.12
A maior loucura que alguém pode fazer é desprezar a voz de Deus e encontrar caminhos que, a princípio, parecem bons, mas, por não terem vindo do Senhor, são os piores que os servos do Altíssimo podem escolher. O que veremos nesta mensagem é o opróbrio que uma decisão errada causa ao homem. Isso porque, infelizmente, por desprezarem a luz, as pessoas caem nas piores trevas – a falta da revelação da Palavra.Ao tirar Seu povo do Egito, o Criador anunciou que a terra para onde iriam seria de prosperidade completa. Assim, mesmo tendo as 12 tribos se dividido em duas nações, ambas prosperaram. No entanto, o reino do Norte, composto por dez tribos, ao se ver com tantos bens, entregou-se ao diabo. Naquela parte da terra, o Senhor não era mais cultuado, mas, sim, os demônios. A idolatria era quase total e existia no governo de praticamente todos os reis.Já no reino de Judá, houve governantes que a aboliram. Porém, tão logo esses soberanos morreram, seus sucessores se deram ao mal. Onde há fartura de dinheiro e bens materiais, o povo se deixa levar pelos encantos de Mamom, que chama outros demônios piores do que ele para tornar a vida de todos um inferno. O pior é que isso está ocorrendo em muitas famílias que não sabem voltar para o Senhor.O reino do Norte acabou quando, sob o reinado de Oseias, os assírios entraram e destruíram a nação. O reino de Judá durou mais um bom tempo, mas chegou o dia em que Jerusalém foi pisada pelo império babilônico, e o seu rei e o melhor do povo foram levados para o cativeiro. Alguns, entretanto, conseguiram escapar e foram para o Egito, onde se deram “bem”. Por essa razão, outros decidiram seguir o exemplo.Assim, eles já não queriam mais buscar a Deus, pois não lhes importava mais. Os que foram para o Egito passaram a cultuar outros deuses; afinal, havendo “pão e circo”, não há quem pense duas vezes antes de abandonar o Senhor. Contudo, quem hoje vive banqueteando-se, esquece que, há pouco tempo, estava nas mãos dos demônios, já que, ao sentir-se livre, não se lembra mais do Pai.Contudo, dura foi a palavra que Deus mandou aos “espertinhos” que estavam decididos a ir para o Egito, onde os outros tinham sido “bem-sucedidos”. O mesmo Ele diz aos que estão indo em busca de “melhores” condições de vida. Eles saem das mãos do Altíssimo e caem na escravidão que os dominava, mas não sabem o que os espera. Portanto, seja você quem for, volte correndo para o Senhor.
ATITUDE DE QUEM SERVE AO DIABO
Por que não se vendeu este unguento por trezentos dinheiros, e não se deu aos pobres?João 12.5
Judas Iscariotes teve o privilégio de andar ao lado de Jesus e ainda ser Seu discípulo, mas preferiu aprender as lições de Satanás. Ele andava próximo do Senhor, mas não com Ele; por isso, tornou-se um traidor. Há muita gente com aparência de homem de Deus, falando igual aos servos do Altíssimo; porém, suas obras provam que não passam de agentes do maligno, os quais, um dia, poderão surpreender-nos com estranhas atitudes.As pessoas de Deus são conhecidas pelo temor que têm a Ele (Pv 9.10a). Aliás, o jeito de falar logo denuncia se um indivíduo serve ou não ao Senhor. Até no andar o santo se difere do pecador, e o olhar de quem tem o Espírito Santo é diferente dos que não têm a graça divina. Isso porque o que nos faz distinguir um salvo de um perdido é o testemunho que o Todo-Poderoso dá dele, pois, logo ao olhá-lo ou ouvi-lo, sentimos se é ou não filho do nosso Pai.Diante disso, é quase inacreditável que Jesus tenha escolhido um ladrão para ser o Seu tesoureiro, mas foi verdade (Jo 12.6). Alguém pode dizer que ele passou a roubar depois que lhe foi confiada a bolsa do ministério; porém, se foi assim ou não, pouco importa. Jesus conhecia todos e sabia o que havia no coração de Judas. Então, por que ele não confessou suas fraquezas e pediu ajuda? Ora, é certo que ele não se portava como um cavalheiro na presença do Mestre.De nada adiantará ficarmos cogitando sobre coisas que jamais saberemos, pois chegará o dia em que todas as nossas perguntas serão respondidas. Será que Judas foi o último ladrão que houve na Igreja? É certo que não. O inimigo tem encontrado, em todas as eras, pessoas fracas, que não aguentam a menor tentação. Mais dia, menos dia, elas irão tornar-se “colegas” de Judas, ou do rei Herodes, que ficou com a mulher do seu irmão (Mc 6.16-18).Precisamos de unção para ensinar a Palavra de Deus, pois, com isso, muitos irão converter-se. Todo cristão deve vigiar para não dar causa a adultério, roubo ou qualquer outro pecado. Cuide para que o seu exemplo não leve alguém a obedecer ao diabo, pois, se isso ocorrer, você será responsável. Jesus avisou que existe até quem exponha sua metade a se tornar adúltera (Mt 5.32). O respeito pela Palavra do Senhor é que guardará você.Além disso, quem molesta alguém que obedeceu ao toque do Altíssimo, como Judas fez com Maria, já está fora da presença divina. O servo de Deus pode ser usado para advertir os que estão no erro, mas nunca a quem faz o que o Espírito Santo lhe ordenou. Afinal, os que são guiados pelo Pai falam as Suas palavras, e as nossas atitudes provam de quem somos servos.Judas estava em trajetória descendente. Um pouco mais adiante, ele aceitou dinheiro dos sacerdotes para entregar Jesus, o que prova seu gosto pelas coisas que o diabo lhe mostrava. Quem obedece ao maligno assiste a filme imoral, observa e deseja quem não é seu cônjuge, vive com fantasias sexuais, gosta de luxo etc. Então, fuja das tentações e sirva ao Senhor.
A RECOMPENSA DOS IDÓLATRAS
Nada sabem, nem entendem; porque se lhe untaram os olhos, para que não vejam, e o coração, para que não entendam.Isaías 44.18
A idolatria é uma das práticas religiosas mais perigosas que o homem pode praticar, pois, atrás de um ídolo, há um demônio que cega quem a ela se dá. Em várias partes da Bíblia, o Senhor usa palavras pesadas contra os que fabricam, vendem ou veneram imagens, porque existe um só Deus e um só Senhor a quem devemos temer (1 Co 8.6). Por isso, aquele que se desvia da verdade, inexoravelmente, cai nas mãos dos espíritos malignos. Então, fuja de qualquer tipo de idolatria.Os que possuem imagens, ainda que digam que é só para lembrar os que serviram ao Senhor no passado, não sabem o perigo que correm. O Altíssimo declara que estes ficarão como os ídolos que cultuam: tendo olhos, ouvidos, boca e mãos, não veem, não ouvem, não falam nem apalpam (Sl 115.4-8). Ora, os idólatras estão debaixo da maldição da estupidez e, por isso, no fim dos tempos, provarão a segunda morte – a separação eterna de Deus (Ap 21.8).O inimigo que faz alguém criar, vender ou adorar um ídolo é mau. A pessoa pode até ter um pouco de luz, mas, ao se voltar para esse tipo de culto, perde o pouco de entendimento que possui. Então, ela é capaz de criar a coisa mais perigosa: uma doutrina de demônios (1 Tm 4.1). Isso porque o que o idólatra entende não vem de Deus, pois ele não tem a mente de Cristo e, com o tempo, pode praticar atos absurdos, já que a luz que nele há são trevas (Mt 6.23b).Em Seu zelo para que ninguém caia no erro, o Criador condena veementemente esse culto vil e perverso (Êx 20.4,5). A idolatria veio para que as pessoas tirassem os olhos da fé e passassem a ser conduzidas pelas mentiras do enganador-mor, o diabo. Em toda a história da Igreja, desde o início das práticas espirituais contrárias à Palavra de Deus, o diabo tem conseguido fazer valer as suas mentiras maldosas.Na verdade, nem mesmo uma simples lembrança material que alguém possa ter criado com o propósito de nos fazer pensar no Senhor deve ser aceita, pois traz uma maldição que influenciará a pessoa para o mal, ainda que seja para decoração, como alguns afirmam. Portanto, não se deixe enganar por nada que o adversário diz, porque ele é tão pernicioso, que, só em reparar nele, a pessoa já se contamina.Se você não quer ficar preso nas mãos dos espíritos malignos, não aceite nem tolere qualquer forma ou ideia idólatra em sua vida. Sua redenção é um fato consumado; por isso, voltar ao passado sujo e pecaminoso é a pior loucura que você pode fazer. Fomos libertos para viver no Reino da Liberdade – o Evangelho. Não tolere fazer do seu pastor ou de qualquer outra pessoa um ídolo. Fuja desse tipo de pecado.
OUSADO EM SERVIR AO SENHOR
E exaltou-se o seu coração em seguir os caminhos do SENHOR e ainda tirou os altos e os bosques de Judá.2 Crônicas 17.6
Logo que Josafá assumiu o reino de Judá, tratou de fortificar o seu país contra os revoltosos que mantiveram o nome de Israel. Isso nos ensina a fortalecer os nossos pontos fracos e fortes, a fim de não cairmos em tentações. Ele colocou guarnições nas cidades que seu pai havia tomado, pois não queria perder nada. A Bíblia nos manda guardar o que temos para que ninguém tome a nossa coroa (Ap 3.11).Josafá começou a procurar o Deus de seus pais e andar nos Seus mandamentos. Ele não buscou a feitiçaria, como faziam os habitantes de Israel. O resultado não podia ser outro: o Senhor foi com ele. De que mais precisava esse governante? Ora, se você tiver o Onipotente do seu lado, ainda que haja partes fracas em sua vida, a tentação não irá vencê-lo. Os que forem fracos de saúde ou lentos para tomar decisões e resistir ao tentador devem fortificar-se em tudo.Josafá viu que o Altíssimo havia confirmado o reino em suas mãos. Então, todo o povo de Judá levou-lhe presentes, acrescentando-lhe riquezas e glória em abundância. Busque, você também, essa experiência, pois fomos feitos para o nosso Deus como reis e sacerdotes (Ap 1.6; 5.10). Se o reino não for confirmado, haverá ataques do adversário, tanto no interior como no exterior; porém, quem tiver o reino confirmado receberá pleno domínio sobre o que lhe pertence.Ao ver o seu governo estabelecido pelo Altíssimo, ao contrário de muita gente que O abandona quando as coisas vão bem, Josafá se tornou ousado em seguir o Senhor. Isso impressionou o escritor sagrado; afinal, que palavras mais bonitas poderiam ter sido usadas para definir a fé que aquele homem de bem possuía? Deus tem procurado esse tipo de filho que fará o mesmo em nossos dias, para o qual não haverá limites.Quando a fé vai bem, os sonhos voltam a aparecer, as determinações se cumprem, e todos se beneficiam. O rei providenciou mestres para irem a todas as cidades ensinar a Lei do Senhor, os quais levavam consigo o Livro Santo. Se não tiver o Livro de Deus, você não conseguirá transmitir a verdade aos seus e, com isso, não irá levá-los a ser pessoas de bem. Isso porque é a Palavra que desperta, dá vitória e impede a degeneração das virtudes.O resultado foi que o temor do Senhor veio a todos os reinos que havia ao derredor. O mesmo precisa acontecer com a sua pessoa. Nenhum daqueles reinos fez guerras contra Josafá, e até os arábios e os filisteus, eternos inimigos do povo do Senhor, levavam-lhe presentes como tributos. Além disso, só havia boas notícias para ele, que se engrandeceu em extremo e edificou fortalezas e cidades-armazéns em Judá.
DEUS TRABALHA PARA VOCÊ
Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu um Deus além de ti, que trabalhe para aquele que nele espera. Isaías 64.4
O Senhor, nosso Deus, que criou todas as coisas do nada, tem um prazer enorme em trabalhar para nós. Ele nos fez à Sua imagem e semelhança; logo, dá para entender que o sonho do Seu coração era muito grande e lindo. Ao nos fazer semelhantes, o Altíssimo tinha em mente criar alguém especial. Foi assim que fomos feitos, mas o pecado de Adão nos causou o maior prejuízo.O versículo que estamos estudando hoje fala que o Pai trabalha para aquele que nEle espera. Que bom saber disso, pois essa informação nos dá conta de que Ele não desistiu dos Seus sonhos e que, quando o processo tiver acabado, os que nEle esperam haverão de ser, para sempre, o que Ele havia determinado. É só uma questão de tempo, o qual passará. Então, chegará o dia em que teremos a obra completa.Todo aquele que foi iluminado com a divina Palavra precisa resistir às tentações. É claro que, se cairmos, mas confessarmos os pecados, seremos perdoados (1 Jo 2.1,2).Porém, que diferença haverá entre aqueles que caíram e os que se mantiveram santos? Será que ambos desfrutarão da mesma posição e terão a mesma recompensa? Na parábola dos trabalhadores da vinha, aqueles que trabalharam só uma hora receberam a mesma quantia dos que serviram o dia todo (Mt 20.1-16). Isso se aplica nesse contexto?Seremos recompensados pelo que fizemos em relação aos mandamentos divinos? Na verdade, ainda não tive luz suficiente nas Escrituras para explicar isso, mas a declaração de Isaías me faz pensar. Ele disse: Não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu. Para mim, Deus menciona que todos ouvem com o ouvido natural, mas alguns percebem com os ouvidos do coração. Sendo assim, a recompensa dos salvos será igual?Jesus falou em administração de cidades e disse que a quem muito foi dado muito mais será pedido (Lc 19.11-19). Além disso, confirmou que há quem irá sentar-se à Sua direita e à Sua esquerda (Mt 20.23; Mc 10.40). Eu penso que o fato de Deus estar trabalhando para os que nEle esperam mostra que o obediente terá uma recompensa maior. Daniel afirmou que os sábios resplandecerão com o fulgor do firmamento, e os que a muitos ensinarem a justiça, como as estrelas (Dn 12.3).Ora, sabemos que as estrelas diferem em brilho umas das outras. Portanto, que cada um se esforce ao máximo para cumprir a sua missão. Após a nossa entrada na eternidade, de nada adiantará suplicar para que algo aconteça de melhor conosco. Observe bem o fato de o Senhor estar trabalhando em favor daquele que nEle espera. O que você diz disso? Que tipo de obra Ele está fazendo por você esperar nEle? Que Ele lhe dê o entendimento.
RETRATO DOS ÚLTIMOS DIAS
Muitos serão purificados, e embranquecidos, e provados; mas os ímpios procederão impiamente, e nenhum dos ímpios entenderá, mas os sábios entenderão. Daniel 12.10
A corrida por boas coisas, conforto, riqueza e outras ambições está desenfreada. Todos querem melhorar, mas, pelo que se ouve e se conhece, muitos não respeitam limites. O prazer tornou-se o alvo que as pessoas procuram atingir, não importando o preço – material ou espiritual – a ser pago. A humanidade entrou decidida nessa luta; porém, não há quem acorde para anunciar que, em breve, este mundo terá fim.É o combate das forças do bem contra as do mal. Nunca se viu tanta prosperidade, tanta profusão de ideias, como as que estamos contemplando. O profeta Daniel declarou que um dos sinais de que isso estaria perto de ocorrer seria, nos últimos dias, a multiplicação da ciência (Dn 12.4) – o que já tem ocorrido em nossa geração. Outro sinal diz respeito à questão espiritual: muitos serão purificados. Temos visto a Palavra do Senhor sendo revelada como nunca.Isso é obra do Espírito de Deus. A maioria não entende que essa parte é a melhor. O próprio Senhor está santificando Seu povo, tirando as doutrinas do homem e fazendo-o enxergar a Verdade. Dentro das melhores igrejas, há pessoas perdendo-se nas músicas, em choros e no que consideram ser a glória de Deus, mas tudo isso é pura emoção. O trabalho é mais sério do que esses shows de dons humanos. O Senhor está embranquecendo aqueles que O amam.Se você já passou por uma série de tentações, mas não caiu, alegre-se, pois estava sendo provado. O bom é que Deus não o deixou cair! Os que caíram devem buscar o perdão. Todos devem ficar alerta, pois a obra ainda não terminou, e, bem mais cedo do que pensam, podem vir novos testes. O certo é orar para ser ajudado no tempo das provas. O Senhor sabe por que permite que isso ocorra.Os ímpios vão de mal a pior, pois o que lhes interessa é satisfazer seus desejos carnais. Se, para eles, houver “pão e circo” – alimento e diversão –, tudo bem. Ora, bom é ficar longe deles, das suas práticas e dos seus resultados, pois, certamente, nada disso vem do Senhor! O Altíssimo está agindo para levantar um povo zeloso de boas obras; portanto, analise o tipo de atitude que você tem tomado (Tt 2.14). Somente quem tem e guarda os mandamentos está no caminho certo (Jo 14.21).Não haverá desculpas, como a de que alguém não aguentou e caiu. O Senhor já nos advertiu de que a carne é fraca e para nada aproveita (Jo 6.63). Ele nos deu Seu Espírito Santo para nos fortalecer, a fim de enfrentarmos o que vem contra a humanidade (Mc 14.38; Rm 8.26). Os ímpios caem por falta de entendimento bíblico, mas nós temos a sã doutrina, que nos manterá de pé. Veja o retrato dos últimos dias e se refugie no Senhor. De que adianta nadar, nadar e morrer na praia?
OBSERVE OS LIMITES
Os príncipes de Judá são como os que traspassam os limites; derramarei, pois, o meu furor sobre eles como água. Oseias 5.10
Aqueles que servem a Deus não devem agir como os perdidos, os quais nem se interessam em saber se há limites para suas ações. Os salvos precisam ter outro procedimento: verificar sempre se não se têm excedido no que fazem. Os mandamentos divinos nos dão limites; por isso, se os guardarmos, seremos premiados com as revelações da Palavra e protegidos contra os ataques do inimigo. Com isso, viveremos em sucesso completo.Ao nos proibir de tomar certas atitudes, que são normais e prazerosas para os ímpios, o Senhor está resguardando-nos das operações malignas que acompanham quem as pratica. Tudo o que Deus nos impede de fazer nos é vedado para o nosso próprio benefício. Os perdidos não participam da natureza divina, não são guiados pelo Espírito Santo e, por isso, sempre são atacados pelo Inferno. Já os filhos do Senhor são o prazer dEle, que os conduz em triunfo (2 Co 2.14).Os príncipes de Judá não viram problema em traspassar os limites, mas foram avisados de que seriam atormentados pelo furor de Deus. Não teria sido melhor se tivessem aceitado a limitação que o Altíssimo lhes impusera? No entanto, não quiseram saber disso; consequentemente, foram levados para a Babilônia, a fim de aprenderem a não brincar com as resoluções divinas. Se tivessem se submetido à orientação divina, não teriam sofrido tal ação da parte do Senhor.Se José no Egito – que aparentemente não tinha futuro, já que fora vendido como escravo – não tivesse permanecido firme, santo, o que teria sido dele? Ele fora cobiçado pela mulher de seu senhor e, caso tivesse ocorrido um envolvimento com ela, até poderia ter levado uma boa vida naquela casa; mas, no final, teria recebido a condenação eterna (Gn 39.7-23). Mesmo na posição de completa humilhação, preferiu honrar o Senhor, que o estava preparando para uma grande obra.Não ceda na sua posição de filho de Deus. O Senhor nunca foi mal para com ninguém. Ele sabe o que é melhor para sua vida e, por isso, permite que as provações lhe sobrevenham. Saiba que Sua graça é suficiente em qualquer situação. O segredo é não se rebelar contra a vontade divina nem aceitar as sugestões do diabo (Tg 1.2-4). Seja constante e inabalável naquilo que você já ouviu de Deus, pois Ele é fiel Cumpridor do que promete.Se não traspassar os limites que lhe foram estabelecidos, haverá derramamento da parte do Senhor sobre a sua vida, mas da Sua graça. Com isso, você verá que Ele escolheu o melhor para você ter e desfrutar; porém, era preciso passar pelas provas para que tivesse a capacidade de receber o que já lhe estava preparado. Não frustre o Altíssimo; caminhe firme em direção ao pódio, pois é lá que Ele o quer ver.
Em Cristo, com amor,
O TRISTE DESTINO DOS VAIDOSOS
Efraim está oprimido e quebrantado no juízo, porque quis andar após a vaidade. Oseias 5.11
A vaidade é o grito de um coração rebelde contra o louvor que ao Senhor é devido. O vaidoso não reconhece que o que ele é, o que tem e o que pode fazer vêm de Deus. Os demônios que levam uma pessoa a esse estágio saltam de felicidade, pois ela será oprimida e quebrantada no juízo. Então, em vez de se livrar dos problemas, ela verá o seu pleito não atendido e, além disso, sairá quebrantada da batalha.Embora Efraim tenha sido uma das tribos de Israel, muitas vezes seu nome era tomado para representar toda a nação. Os israelitas prosperaram, o que era natural, pois foram colocados na terra que manava leite e mel (Js 21.43). Mas, em vez de render glórias ao Todo-Poderoso por lhes ter concedido tantas bênçãos, eles, dominados pela ingratidão, afastaram-se do Altíssimo e entregaram-se às práticas das outras nações – o que Deus lhes havia proibido.A história tem-se repetido em todas as gerações. Não são poucas as famílias que foram alcançadas pela Palavra de Deus, mas, depois, quando havia paz, prosperidade e segurança, deixaram-se levar pela tentação de achar que isso lhes ocorreu por acaso. Muitas vezes, os pais continuaram firmes na fé, mas os filhos se desviaram por completo. Então, o diabo voltou a atacá-los com doenças, desastres e demais aflições.Por que isso acontece? Por causa da vaidade! Ora, quem se deixar levar por qualquer tentação, em qualquer setor ou nível, verá que seu ato é como esbofetear o rosto de Cristo. Jesus pagou um preço tremendo para a nossa redenção eterna e total libertação do reino maligno. No entanto, quem não vigia e não ama o Senhor como deveria volta a ser escravizado pelos sofrimentos.É preciso vigiar dentro de casa, pois os nossos adversários podem ser membros da nossa família, pessoas que, aos olhos humanos, jamais fariam mal a nós (Mt 10.36). Alguns seriam capazes até de nos doar um órgão do próprio corpo, se necessário; contudo, por não terem experimentado o novo nascimento e, ao mesmo tempo, serem religiosos ou não, eles nos dão certos conselhos que, se aceitos, fazem com que fiquemos nas mãos do diabo.Os efraimitas não vigiaram; por conta disso, a vaidade voltou a possuir o coração deles. Eles não acreditaram que, quando fossem a juízo contra seus inimigos, seriam oprimidos e quebrantados. Mas foi exatamente isso o que aconteceu. Se você permitir que a vaidade o domine, o mesmo pode ocorrer com sua vida.Muitos devem ter rido de Oseias, mas, quando os assírios os levaram em cativeiro, lembraram-se da advertência do profeta quando já era tarde, pois o julgamento havia acontecido e, assim, jamais voltaram a ser uma nação.
Em Cristo, com amor,
LbL
segunda-feira, 1 de julho de 2013
Refletindo sobre aquestão do talento
Clarice Lispector disse que “vocação é diferente de talento. Pode-se ter vocação e não ter talento, isto é, pode-se ser chamado e não saber como ir”. É difícil definir o talento. Alguém disse que “talento é escrever com a mão certa”. O problema é que vivemos no mundo da mentira técnica, o fazer sem ser, a profissionalização do banal, o que faz com que, como diziam os antigos, “em terra de urubu diplomado, sabiá não cante”. Tem gente escrevendo com amão errada...
Vamos refletir sobre algumas características fundamentais do talento:
Talento diferencia. Compor uma música incrível e outra não, é fruto do talento. Pintar uma tela é diferente de gerar uma obra de arte. O talento faz a distinção entre a pintura sem arte e a arte de pintar. Dois atores podem decorar as mesmas falas, mas apenas o talentoso faz aplateia se emocionar. Dois humoristas podem contar a mesma anedota, contudo, somente o talentoso é capaz de reinventar o mesmo riso.
Talento incomoda.Giovanni Papini disse que “a inveja é a sombra obrigatória de todo gênio e de toda glória”. Se você possui algum talento, prepare-se para o confronto. A mediocridade é uma enfermidade da alma que atinge muita gente. Não são poucos os que estão com os olhos irritados diante do brilho que o talento tem. Provérbios 14.30 define a inveja como “apodridão dos ossos”.
Talento atrofia. É preciso investimento. A tragédia de muitos talentosos ao longo da história foi sua acomodação. Guimarães Rosa disse que “o animal satisfeito, dorme”. É famosa a frase de Thomas Edison: “Talento é 1% inspiração e 99% transpiração”. Se não há investimento, preparação, crescimento, foco, disciplina, fatalmente haverá atrofia, retardo, perda de qualidade. Édesperdício ter talento, mas não ter vontade.
Talento exige cautela. É ferramenta. Não basta ser talentoso, é preciso ter caráter. Carisma sem caráter é mortal. A Bíblia conta a história de Sansão (Juízes 13-16), um homem talentoso, carismático, mas que não sabia dominar instintos e paixões. Ao invés de usar seu talento para livrar Israel dos filisteus, usou-o para conquistar filisteias! Focalizou o alvo enganoso. Usou aferramenta certa no trabalho errado. Foi seduzido pela cultura, feriu-se na arma que usava. Terminou sua vida fazendo palhaçadas para divertimento dos filisteus (Jz. 16.25). Talentosos também pecam.
Talento tem limite. Umtalento é resultado de uma série de fatores como genética ou treinamento, enquanto que um dom espiritual é o resultado do poder do Espírito Santo. Ébom lembrar que qualquer pessoa, cristã ou não, pode possuir um talento, mas apenas os cristãos possuem dons espirituais. Embora ambos, talentos e dons espirituais, devam ser usados para a glória de Deus e para edificação mútua, os dons espirituais possuem somente esse foco, enquanto que os talentos podem ser usados para objetivos não espirituais. Talento tem limite, enquanto os dons são potencialidades espirituais que nos capacitam a realizar obras que o talento não faz.
Até mais...
Adoração:o encontro
Em João 4, no encontro entre Jesus e a mulher samaritana, há um vislumbre da adoração que poucos observam: o componente do conflito. Jesus expõe a natureza da adoração a uma mulher obscura num poço qualquer da vida – isso se parece com o que achamos ser a adoração?
Achismos à parte, adoração é encontro. É o Supremo que vem, com a interrogação que busca conteúdo. Eu e Deus. William Temple definiu a adoração assim: “A adoração é a submissão de toda a nossa natureza a Deus. É a vivificação da consciência mediante Sua santidade, o nutrir da mente com Sua verdade, a purificação da imaginação por Sua beleza, o abrir do coração ao Seu amor e a entrega da vontade ao Seu propósito”.
A verdadeira adoração precisa estar centrada em Cristo. Em Lucas 2. 25-30, Simeão, ao apresentar Jesus no Templo, dá um brado:
“Despede teu servo em paz, pois os meus olhos já viram a tua salvação”. O que Simeão está dizendo é a base de uma teologia da adoração:
quando os meus olhos se fixarem em Jesus não precisarão ver mais nada! A visão de Jesus relativiza todas as outras coisas. Minha retina fica marcada para adorar.
Vamos refletir sobre alguns aspectos da adoração como encontro com Deus:
1. A síndrome da mulher samaritana: “Jerusalém ou Gerizim?”
Mais do que lugares, geografias demarcadas, era um jeito estabelecido de adorar – o império do tecnicismo – o reino cansado da previsibilidade blindada. A morte das surpresas. Aqui adoramos de um jeito, ali de outro. Profissionais do culto.
Muita gente ainda é escrava da adoração das geografias: certos templos, certos lugares, certos montes... Outros são escravos da judaização da igreja: só adoram se a estrela de Davi estiver tatuada na testa!
Elienai Jr. escreveu algo sobre esse texto. O escritor criou a seguinte fala, como se fosse o anseio do coração daquela mulher:
“Fala de Deus, poeta. Baldeia também o divino de outro poço, profeta. Porque tal como esta água, o que de Deus eu sei me angustia mais do que sacia. Os samaritanos falam de um que é mais Deus em nosso templo do que naquele de Jerusalém. Deus é só isso? Dos judeus ou dos samaritanos? De Jerusalém ou de Gerizim? Do templo que não me quer, ou que não me cabe? Dos homens e suas vaidades másculas e truculentas? Reinventa, poeta. Redescreve, profeta”.
A mulher samaritana não era leiga em matéria da teologia de seu povo. Ela tinha religiosidade em lugar de espiritualidade:“este é o poço do qual bebeu nosso pai Jacó”. Ela conhecia a história de seu povo, mas não o Deus de todos os povos. Ainda temos a mentalidade das fórmulas mágicas – o abracadabra gospel. O poço, a aliança ungida, a água santa, o óleo poderoso. Coisas sem Deus. Animismo gospel.
Quando a mulher samaritana soube da “água da vida” imediatamente a solicitou. Isso aponta para a motivação oculta naquela “conversão” tão rápida: a busca por uma “água mágica”, que a fizesse sumir socialmente. Uma água que a poupasse de precisar novamente buscá-la todos os dias, encontrando com as outras mulheres e seus olhares furtivos. É como muita gente que habita a periferia das igrejas.
Gente oculta no culto.
Muita gente procura viver uma adoração da fuga social, ou pior, do isolamento, da quebra da comunhão. É gente que não suporta a igreja e suas deformidades, então, isola-se na “adoração virtual”, ou na “adoração solitária”. Adoração genuína acontece na dimensão da solitude (não, solidão), mas desemboca na comunhão da igreja. A mulher sai do poço e vai dar testemunho na cidade!
2. Um texto, duas posturas
O texto fala-nos de forma extraordinária sobre a adoração. Intrigante é que está em voga a postura do adorador. Na verdade, o texto nos leva na estrada da conversão e da adoração.
Há duas posturas que devem ser evitadas:
1. Ficar aquém de Jesus: É receber a mulher sem sequer tocar em seu estilo de vida. É a adoração da acomodação a um momento, evento ou esquema religioso. O adorador de verdade sabe que é pecador, carente da graça, e precisa da cura de sua alma. Sabe que o Espírito Santo antes de consolar, confronta!
2. Ir além de Jesus: É forçar aquela mulher a se judaizar! Não vemos Jesus forçando-a a assumir uma postura judaica. Jesus não a discrimina por ser de outro povo. A adoração sara a cultura, pois não é escrava de cultura alguma. Não precisamos cantar em hebraico para que o louvor seja mais santo! Jesus a mandou de volta para a sua
cidade, e não para Israel!
A pergunta que surge imediatamente é:quall, então, é a postura do adorador? O texto também a revela: João 4. 23, 24: “os verdadeiros adoradores”. Esses são os que adoram ao Pai “em espírito e em verdade”. Note que o texto não diz que o Pai procura adoração, mas adoradores! Por quê?
Porque o Pai já tem a mais plena, linda e perfeita adoração. Isaías 6. 1-3, os Serafins estão adorando de uma maneira que nenhum de nós é capaz de alcançar. Deus não procura adoração, pois já a possui. Deus procura adorador, pois ao encontrá-lo, o Pai dá de sua adoração ao adorador e, então, ele a devolve ao Pai, e cumpre-se Romanos 11. 36:“Pois dele, por ele, e para ele são todas as coisas”.
A postura do adorador é “em espírito e em verdade”: ou seja, Deus é espírito (Jo. 4. 24), e não pode mentir (Tito 1.2) – o adorador é aquele que está mergulhado em Deus, vive para Deus, tem fome e sede de Deus e respira para a glória de Deus (At. 17. 28).
Adoração é encontro com Deus, comigo mesmo e com os outros.
Até mais...
Reticências da arte
Sabe aquela sensação de olhar um quadro e não entender nada? Sabe aquela sensação de assistir um filme e sentir que “ficou no ar”. A arte tem essa dimensão: a sensação do abandono, da leveza irritante. A dialética da desconstrução. Alguém disse que a arte é aquilo que nos trai.
Tenho fome de arte, da verdadeira arte – essa arte da traição. Aquela que consegue deixar uma interrogação nervosa nos delírios de consumo. Aquele que se nega a vender como produto do mercadão de banalidades. Aquela que, ao me atingir, deixa a sensação da raiva e acabo idiotamente feliz. Gosto da arte que desafia, que não aprisiona o mistério. Arte que é...
Por favor, não me fale de “artistas”. Esse é um termo prostituído, vampirizado, banalizado, imbecilizado. Hoje, “artista” é o que decora textos pobres e rimas mecânicas. É o que dança tristemente os passos ordenados por uma ordinária coreografia. “Artista” hoje é o que vale o preço do ingresso – não sobra nada além dos míseros trocados.
A arte é a libertação do “artista”. É não se render aos gigolôs da sociedade do consumo. É não gerar as mesmas risadas, ou as mesmas lágrimas do comodismo. A arte conhece outros caminhos para chegar ao coração – é subversiva! Dificilmente passa pelas veias largas das sensações e arrepios que desembocam em aplausos frenéticos e sem juízo. Isso é entretenimento, que muito raramente, é arte. A arte grita na desconstrução do murmúrio. Ora no altar do silêncio. É filha do caos. Apaga velas.
A verdadeira arte reconhece as pretensões da linguagem. Sabe o limite. Talvez seja a nossa única transcendência. A arte é o sublime que esqueceu de sair daqui. Esconde-se num grafite, numa mão atirando fúrias na tela vazia. É capaz de incapacidades. Age no retrocesso, no reverso, no não-ir, não-ser...
Arte não se explica, se desespera.
35 Razões para não pecar
1– Porque um pequeno pecado leva amais pecados.
2– Porque o meu pecado evoca adisciplina de Deus.
3– Porque o tempo gasto no pecado é desperdiçado para sempre.
4– Porque o meu pecado nunca agrada aDeus; pelo contrário, sempre O entristece.
5– Porque o meu pecado coloca um fardo imenso sobre os meus líderes espirituais.
6 – Porque, no devido tempo, o meu pecado produz tristeza em meu coração.
7– Porque estou fazendo o que não devo fazer.
8– Porque o meu pecado sempre me torna menor do que eu poderia ser
9 – Porque os outros, incluindo a minha família, sofrem conseqüências por causa do meu pecado.
10– Porque o meu pecado entristece os santos.
11– Porque o meu pecado causa regozijo nos inimigos de Deus.
12– Porque o meu pecado me engana, fazendo-me acreditar que ganhei, quando, na realidade, eu perdi.
13 – Porque o pecado pode impedir que eu me qualifique para a liderança espiritual.
14 – Porque os supostos benefícios de meu pecado nunca superam as conseqüências da desobediência.
15 – Porque o arrepender-me do meu pecado é um processo doloroso, mas eu tenho de arrepender-me.
16– Porque o pecado é um prazer momentâneo em troca de uma perda eterna.
17– Porque o meu pecado pode influenciar outros apecar.
18– Porque o meu pecado pode impedir que outros conheçam aCristo.
19 – Porque o pecado menospreza a cruz, sobre a qual Cristo morreu com o objetivo específico de remover o meu pecado.
20 – Porque é impossível pecar e seguir o Espírito Santo, ao mesmo tempo.
21– Porque Deus escolheu não ouvir as orações daqueles que cedem ao pecado.
22 – Porque o pecado rouba a minha reputação e destrói o meu testemunho.
23– Porque outros, mais sinceros do que eu, são prejudicados por causa do meu pecado.
24 – Porque todos os habitantes do céu e do inferno testemunharão sobre atolice deste pecado.
25 – Porque a culpa e o pecado podem afligir minha mente e causar danos ao meu corpo.
26 – Porque o pecado misturado com a adoração torna insípidas as coisas de Deus.
27 – Porque o sofrer por causa do pecado não tem alegria nem recompensa, ao passo que sofrer por causa da justiça tem ambas as coisas.
28– Porque o meu pecado constitui adultério com o mundo.
29– Porque, embora perdoado, eu contemplarei novamente o pecado no Tribunal do Juízo, onde a perda e o ganho das recompensas eternas serão aplicados.
30 – Porque eu nunca sei por antecipação quão severa poderá ser a disciplina para o meu pecado.
31– Porque o meu pecado pode indicar que ainda estou na condição de uma pessoa perdida.
32– Porque pecar significa não amar aCristo.
33 – Porque minha indisposição em rejeitar este pecado lhe dá autoridade sobre mim, mais do que estou disposto aacreditar.
34 – Porque o pecado glorifica a Deus somente quando Ele o julga e o transforma em uma coisa útil; nunca porque o pecado é digno em si mesmo.
35– Porque eu prometi aDeus que Ele seria o Senhor de minha vida.
Renuncie seus direitos
Rejeite o pecado
Renove sua mente
Confie em Deus
Servir: A graça não é de graça (Lc 17.7-10)
Alguém disse que “Deus não pergunta sobre nossa capacidade ou incapacidade, mas se estamos à disposição”.
Uma das maiores carências da atualidade é de gente à disposição. Homens e mulheres compromissados com o Reino.
Vivemos na era das facilidades, onde o que impera é a busca alucinada pelos holofotes e aplausos, como se fôssemos astros e não escravos. J. H. Jowett disse que “o ministério que nada custa nada realiza”.
Phillips Brooks disse: “Não ore pedindo uma vida fácil. Ore para ser um homem mais forte. Não ore pedindo uma tarefa equivalente às suas forças. Ore por forças equivalentes às suas tarefas”. Ainda confundimos a graça com o remanso, o não-fazer. Esquecemos de que o contrário de graça não é esforço, é mérito!
A igreja do século 21 é uma igreja acostumada à mecânica do templo. Uma igreja de pedra, mas não de gente. Uma igreja que inverte o “Ide” e subverte a própria missão – é a autossabotagem eclesiástica.
Pense na seguinte pergunta: o que te qualifica como servo?
Cuidadocoma maldiçãodaociosidade
Carecemos de um resgate da condição de servo! Não um servo sentado em casa, descansando de manhã, repousando à tarde e dormindo à noite!
Um escritor disse que o ócio é a morada do demônio. Ócio é o outro nome da preguiça. Harvey Cox disse que a preguiça foi responsável pelo pecado de Adão: ainda corremos o risco de deixar a serpente escolher por nós!
Oscar Wilde disse que “o problema de a pessoa ter uma boa ideia é ser chamada para colocá-la em prática”. A igreja contemporânea é repleta de especialistas em tudo aquilo que não fazem!
A palavra “negócio” vem do latim: é a junção da partícula de negação “ne” + “ótium” que significa “repouso, descanso”, portanto, “negócio” é a negação do repouso, a negação do ócio. Precisamos descansar, mas não para sempre!
O preguiçoso, nem sempre é aquele que nada faz, às vezes, se esconde no ativismo! É aquele que faz tudo o mais rápido possível, só para ver se sobra tempo para descansar! Um provérbio antigo diz que
“o diabo tenta todo mundo, mas o preguiçoso tenta o diabo”.
Phillips Brooks disse que “Pensar que você não pode fazer nada é quase tão arrogante quanto pensar que pode fazer tudo”.
Trabalhe! Envolva-se na graça e sirva! A graça não é de graça!
Estar envolvido com a graça não significa ser negligente
O servo qualificado é o oposto do negligente. Algumas pessoas usam a graça como desculpa para não trabalhar.
O servo não deve esquecer suas tarefas: Os alemães têm um provérbio: “jamais digas esqueci, pois o esquecimento é próprio dos irresponsáveis”. O esquecimento da graça nos lança no perigoso território da não-graça! Desculpas esfarrapadas para não gerarmos frutos e filhos!
O servo não deve ser desleixado: Precisa aprontar-se e servir com qualidade. Um dos aspectos que a Rainha de Sabá observou e elogiou foi a corte de Salomão (I Reis 10. 4-8). Servos desleixados envergonham seu Senhor.
O servo não deve ser desatento: Deve esperar enquanto seu Senhor come e bebe. Servos desatentos sentam-se em qualquer lugar, inclusive nos lugares aonde não foram chamados.
C. S. Lewis disse: “Certamente você realizará o propósito de Deus, não importa como esteja agindo, mas faz diferença se você serve como Judas ou como João”.
Sirva com excelência, pois como disse Paulo em I Co. 15. 58: “o nosso trabalho não é vão no Senhor”
Cuidado com a armadilha da ambição desmedida
Em Lc. 17. 9, Jesus pergunta aos discípulos: “será que vocês agradecerão ao servo por ter feito sua obrigação?”
Hoje, trabalhar por glórias e mídia virou obsessão. A ambição desmedida foi responsável pela metamorfose de anjos em demônios. O elogio ao servo só ocorre no final de sua tarefa: “servo bom e fiel”. A ambição desmedida faz com que o servo distorça sua tarefa e destrua sua recompensa. Servir, por si só, já deve ser visto como glória.
Agostinho dizia: Torna-me teu escravo, ó Deus, e então serei livrre! Vance Havner disse: “Nossa eficiência sem a suficiência de Deus é apenas deficiência”. A ambição desmedida pode nos levar ao abismo da manipulação dos meios e dos outros.
Qual tem sido a sua motivação?
Cuidado com a doença da arrogância
O versículo 10 deixa explícito o que os próprios servos pensavam de si: “somos servos inúteis”.
Esse texto vai na contramão da espiritualidade dos queridinhos de hoje. Vivemos numa igreja onde ninguém quer ter a abençoada inutilidade, a grande maioria dos crentes foram picados pela mosca azul do poder.
Um servo arrogante é uma ameaça ao bom andamento da obra. Servo arrogante é contradição. Quem serve, deve fazê-lo em amor! (João 13)
Que Deus nos guarde da enfermidade da arrogância, da Síndrome de Nabucodonosor, de trocar o manjar do Senhor pelo capim dos orgulhosos.
Até mais...