"Eu, porém, cantarei a tua força; pela manhā louvarei com alegria a tua misericórdia; pois tu me tens sido alto refugio e proteção no dia da minha angústia'" (Salmo 59.16)

"Eu, porém, cantarei a tua força; pela manhā louvarei com alegria a tua misericórdia; pois tu me tens sido alto refugio e proteção no dia da minha angústia'" (Salmo 59.16). 

O salmo 59 é uma grande incógnita para o nosso coração. Ele foi escrito por Davi, quando os soldados de Saul sitiaram sua casa para matá-lo. Numa situação de extrema adversidade e perigo, o salmista escreve o texto que lemos acima. Precisamos aprender com ele a louvar a Deus neste contexto, porque não estamos isentos de passar por situação similar. Se hoje, no seu coração, há uma angústia por se sentir como ele, aprenda a agir de forma correta.

Davi podia louvar em meio à extrema adversidade, porque conhecia a Deus e tinha convicção de que ele era seu "alto refúgio". Pense no contexto dele, no qual a proteção dos muros da cidade guardava-o de ser atingido pelos inimigos. Ele entendia que Deus era seu refúgio mais do que os muros da cidade. Aliás, era um "alto" refúgio, dando a ideia de algo intransponível para os inimigos, como ele expressa no verso primeiro: "Livra-me, Deus meu, dos meus inimigos; põe-me acima do alcance dos meus adversários”. Estando na presença do Altissimo, ele sabia que podia acordar e cantar louvores, mesmo sabendo que os inimigos estavam à porta da cidade. Você precisa imitar o salmista: em meio às suas tribulações, coloque sua confiança no Senhor e louve-o de coração. Não espere o livramento acontecer para louvar; pela fé, entenda que seu salvador agirá e desde já o louve por isto.

Davi tinha outra razão pela qual louvava a Deus no meio das tribulações: saber que elas não foram provocadas pelos seus próprios erros ("Sem culpa minha, eles se apressam e investem" - v. 4). Não que ele fosse um homem perfeito, mesmo porque a Bíblia nunca ocultou seus erros. Sabemos que Davi cometeu pecados terríveis. Mas, naquele momento, as tribulações eram "gratuitas", no sentido de que não foram provocadas pelas suas mãos. Quando passamos por dificuldades assim, nosso coração tem a tendência de se rebelar contra Deus, que permite as tribulações mesmo quando somos inocentes. Mas aprenda com Davi, neste caso, a esperar no Senhor. Ao invés de ficar se remoendo de tristeza e autocomiseração, ele declara sua fé e confiança na ação do Senhor: "Em ti, força minha, esperarei; pois Deus é meu alto refúgio. Meu Deus virá ao meu encontro com a sua benignidade" (v. 9,10).

Finalmente, aprenda que mesmo que você ande corretamente diante de Deus, ainda assim estará sujeito à angústia de alma. O inimigo haverá de levantar pessoas para armar ciladas (v. 3) e proferir abominações e mentiras contra você (v. 12). Mas fique firme na sua convicção acerca do cuidado e do amor de seu Senhor, que, segundo Davi, é "proteção no dia da minha angustia (v. 16). Por isso, não comece o dia taciturno e amargurado. Inicie seu dia louvando ao Senhor, exaltando a sua força e a sua misericórdia.

Tem misericórdia de mim, ó Deus, tem misericórdia, pois em ti a minha alma se refugia; à sombra das tuas asas me abrigo, até que passem as calamidades. Clamarei ao Deus Altissimo,ao Deus que por mim tudo executa" (Salmo 57.1-2).

"Tem misericórdia de mim, ó Deus, tem misericórdia, pois em ti a minha alma se refugia; à sombra das tuas asas me abrigo, até que passem as calamidades. Clamarei ao Deus Altissimo,

ao Deus que por mim tudo executa" 

(Salmo 57.1-2). 

Eu disse a um presbítero muito amado, já idoso, que ele deveria ser feliz, afinal, todos os filhos já eram adultos, casados e bem encaminhados na vida. Ele poderia agora aproveitar sua vida com sua amada esposa, sem nenhuma preocupação com os filhos. Ele respondeu: "Não, pastor, o senhor está enganado: na família pode trovejar para todo lado, mas o raio cai é aqui!”. Aquele irmão, que hoje está na glória, discorreu acerca de um fato comum nas famílias: os pais oferecem abrigo aos filhos nas horas das tribulações. Esse abrigo seguro é citado por Davi no nosso Salmo de hoje.

Lembra-se da Pedra de Escape em nossa meditação do Salmo 54? Pois é. Quando Saul estava para prender Davi, o Senhor moveu um levante dos filisteus contra Israel, e Saul teve de desistir da prisão de Davi. O Salmo 57 foi escrito na continuação daquela história, tendo como contexto os acontecimentos registrados em 1 Samuel 24. Saul resolveu a questão da invasão dos filisteus, e voltou a perseguir Davi, que estava escondido em uma caverna que, de tão escura, impediu que Saul visse que Davi estava ali, ao seu lado. Foi nesse

contexto que Davi escreveu o Salmo, que traz para você uma instrução abençoada sobre a ação de Deus em nossos dias de angústia.

Em algumas tribulações que enfrentamos, não há absolutamente nada que possamos fazer para resolver nosso problema. Esse era o caso de Davi, porque o seu temor a Deus o impedia de agredir o rei, mesmo tendo tido inúmeras oportunidades: “O Senhor me guarde de que eu faça tal coisa ao meu Senhor, isto é, que eu estenda a mão contra ele, pois é o ungido do Senhor" (1Samuel 24.6). O que ele podia fazer é o mesmo que nós em algumas de nossas crises: ficar quieto, aguardando até que Deus resolva a situação. E foi exatamente isso que ele fez: "pois em ti a minha alma se refugia; à sombra de tuas asas me abrigo, até que passem as calamidades" (v. 1). Ao invés de entrar em pânico por não poder fazer nada com relação às suas tribulações, descanse no abrigo seguro das asas do seu Deus, "até que passem as calamidades". E enquanto esse dia não chega, mantenha-se firme no Senhor e louve-o pela segurança que ele lhe proporciona, como fez o salmista ("Firme está o meu coração, ó Deus, o meu coração está firme;

cantarei e entoarei louvores" - v. 7). Para manter essa confiança inabalável no Senhor, e louvá lo mesmo em meio às tribulações, é preciso que você conheça seu salvador e reafirme para seu coração as características do seu caráter: "Pois a tua misericórdia se eleva até aos céus, e a tua fidelidade, até às nuvens" (v. 10), Ele é fidelissimo. Portanto, se você não pode fazer nada para resolver suas crises, entregue tudo nas mãos do Senhor e, ainda hoje, louve-o pelo abrigo seguro que ele lhe proporciona.

TBS... 

"Todo o dia torcem as minhas palavras; os seus pensamentos são todos contra mim para o mal. Ajuntam-se, escondem-se, espionam os meus passos, como aguardando a hora de me darem cabo da vida" (Salmo 56.5-6).

"Todo o dia torcem as minhas palavras; os seus pensamentos são todos contra mim para o mal. Ajuntam-se, escondem-se, espionam os meus passos, como aguardando a hora de me darem cabo da vida" (Salmo 56.5-6). 

Quando lemos sobre os "Heróis da Fé”, pensamos que eles não tinham os dias de angústias que nós experimentamos. Mas isso é falso, pois, se eles não tivessem passado pelas nossas tribulações de alma, não serviriam de exemplo para nós. Veja o exemplo de Elias. A Bíblia afirma que ele era "homem semelhante a nós, sujeito aos mesmos sentimentos" (Tiago 5.16). Que sentimentos? Todos: tristeza, angústia, depressão...

Outro exemplo para nós é Davi, o escritor deste salmo de hoje. Ele escreveu esta sua oração em meio à adversidade, numa história registrada em 1 Samuel 21.13-15. Davi estava em uma cidade chamada Gate, como forasteiro, e sentiu tanto medo a ponto de se fingir de doido diante do povo daquela cidade. 

Como lidar com um medo tão grande?

Primeiro, deposite sua confiança no Senhor: "Em me vindo o temor, hei de confiar em ti?' (v. 3). Veja que Davi estava de sobressalto o tempo todo, e seu temor certamente era similar ao que você sente nos seus dias de angústia. Mas ele combateu o temor com a sua confiança no Senhor. Sua tese principal era a de que, se ele confiava em Deus, "Que me poderá fazer o homem? (v. 4). Ele sabia que ninguém era mais poderoso do que seu Deus; além do mais, o próprio Deus é quem controla todas as coisas. Reafirme isso para seu coração. 

Segundo, lembre-se de que Deus jamais pode ser surpreendido pelas suas crises e tribulações. Ele está sempre preparado, e conhece todos os seus passos. "Contaste os meus passos quando sofri perseguições; recolheste as minhas lágrimas no teu odre; não estão elas inscritas no teu livro?" (v. 8). Veja que descrição maravilhosa: o Senhor conta seus passos e recolhe suas lágrimas!

Isso dá uma ideia de que ele está presente, está próximo nos seus momentos difíceis. Ele sabe exatamente a profundidade de nossa tristeza. 

E por último, mantenha a sua fidelidade a Deus: "Os votos que fiz, eu os manterei, ó Deus; render-te-ei ações de graças” (v. 12). Estimule seu coração a manter fielmente todos os votos e compromissos que você fez com Deus. Isso abrange suas responsabilidades familiares, seu ministério no Corpo de Cristo (a Igreja) e a promessa de santificação de sua vida que você, certamente, fez na hora da angústia de alma. O que Deus quer é ter intimidade e bom relacionamento com você. Esse é o propósito em abençoar a sua vida: "Pois da morte me livraste a alma, sim, livraste da queda os meus pés, pra que eu ande na presença de Deus, na Luz da vida" (v. 13).

Tbs.... 💭 📚 🤔

"Com efeito, não é o inimigo que me afronta; se o fosse, eu o suportaria; nem o que me odeia quem se exalta contra mim, pois dele eu me esconderia; mas és tu, homem meu igual, meu companheiro e meu intimo amigo" (Salmo 55.12-13).

"Com efeito, não é o inimigo que me afronta; se o fosse, eu o suportaria; nem o que me odeia quem se exalta contra mim, pois dele eu me esconderia; mas és tu, homem meu igual, meu companheiro e meu intimo amigo" (Salmo 55.12-13). 

Biblia é muito clara ao ensinar-nos acerca da impor tância de termos bons amigos ("O homem que tem muitos amigos sai perdendo; mas há amigo mais chegado do que um irmão", Provér bios 18.24). Também é enfática a ideia de termos amigos que temem a Deus ("Quanto aos santos que há na terra, são eles os notáveis nos quais tenho todo o meu prazer", Salmo 16.3), e de compartilharmos com eles as nossas tribulações ("Levai as cargas uns dos outros e, assim, cumprireis a lei de Cristo", Gálatas 6.2). Mas, quando somos traídos pelos nossos amigos, principalmente os que 

temem a Deus, então nosso sofrimento é muito maior.

Continuando no Salmo 55, Davi fala que todos aqueles sintomas dos versos 4 a 8 (estudados na devocional de ontem). deram-se em virtude de ter sido traido por um grande amigo e irmão de fé: "meu companheiro e meu intimo amiga Juntos andávamos, Juntos nos entretinhamos e íamos com a multidão à Casa de Deus" ( 14). Por isso ele disse: "Sinto-me perplexo em minha queixa e ando perturbado" (v. 2). A perplexidade dele é como a nossa, quando um irmão de fé nos trai e se volta contra nos. Olhe como Davi fala dessa traição: "Tal homem estendeu as mãos contra os tinham paz com ele; corrompeu a sua aliança. A sua boca era mais macia que a manteiga, porém no coração havia guerra; as suas palavras eram mais branda que o azeite; contudo, eram espadas desembainhadas" (v. 20-21, Ele diz no verso 12 que, se fosse o inimigo, ele suportaria, uma vez que - obviamente - lutaria contra e resistiria duramente se fosse o que o odiava, ele se esconderia, porque é fácil fugir evitar qualquer contato com quem nos odeia. Mas como fazer com aquele que nos ama? Não podemos agredi-lo nem odiá-lo  -  porque temos o mesmo Senhor! Como lidar com isso? Se você tem experimentado esse desgosto, fique atento às instruções do salmista. Comece abrindo seu coração ao Senhor contando tudo isso para ele, com todos os detalhes que Davi usou neste texto, inclusive especificando nomes daqueles que estão trazendo angústias à sua alma ("Eu, porém, invocarei a Deus, o Senhor me salvara" – v. 16). Mas, como aprendemos ontem, ore o tempo todo, evitando a oração esporádica e mecânica ("A larde, pela manhã e ao meio-dia, farei as minhas queixas e lamentarei; e ele ouvirá a minha voz"-v. 17).

Finalmente, entregue-se ao Senhor confiando em que ele é fiel para cumprir suas promessas: "Confia os teus cuidados ao Senhor, ele te sustenta; jamais permita que o justo seja abalado" (v. 22). Apascenta seu coração com essas palavras e continue esperando pelo socorro do Senhor, porque ele reverterá a inimizade contra você em manifestações de amor e de reconciliação.

Tbs

"O meu coração está dorido dentro de mim, e terrores de morte sobre mim caíram. Temor e tremor me sobrevêm; e o horror me cobriu. Pelo que disse: Ah! Quem me dera asas como de pomba! Voaria e estaria em descanso. Eis que fugiria para longe e pernoitaria no deserto. (Selá) Apressar-me-ia a escapar da fúria do vento e da tempestade." (Sl 55:4-8).

"O meu coração está dorido dentro de mim, e terrores de morte sobre mim caíram. Temor e tremor me sobrevêm; e o horror me cobriu. Pelo que disse: Ah! Quem me dera asas como de pomba! Voaria e estaria em descanso. Eis que fugiria para longe e pernoitaria no deserto. (Selá) Apressar-me-ia a escapar da fúria do vento e da tempestade." (Sl 55:4-8). 

Certa vez, aconselhei uma pessoa com depressão, e insisti em que ela deveria sair da cama e cuidar de suas responsabilidades. Ela, chorando, disse que gostaria de ser um cachorro, porque, para um cachorro, todos apenas gritam: "vai deitar!", ao passo que, para ela, todos apenas a repreendiam por não querer sair da cama. Mesmo não sendo a melhor atitude nessas horas, sabemos que entregar-se à tristeza é algo normal para quem passa por depressão. Nos dias de angústia, por causa do grande peso psicológico, temos a tendência de querer fugir de tudo e de todos. Você tem tido esse tipo de reação? Então aprenda com o salmista a combater essa atitude. Davi passou por angústias imensas. A descrição que ele faz de si mesmo é assustadoramente parecida com nossas experiências em nossas tribulações. Veja como ele estava se sentindo: "Estremece-me no peito o coração, terrores de morte me salteiam; temor e terror me sobrevém, e o horror se apodera de mim." (v. 4-5). Ele estava assim por causa de perseguição: "ando perturbado por causa do clamor do inimigo e da opressão do impio; pois sobre mim lançam calamidade e furiosamente me hostilizam(v. 3). É certo que suas angústias possam ter origem em outras coisas, como uma longa crise financeira, uma crise conjugal prolongada enfermidade ou mesmo uma depressão que não tem nenhuma explicação. Tudo isso faz com que, no seu coração, você possa sentir todos os sintomas que o salmista sentiu.

Mas não é só isso: Davi, assim como você, teve vontade de sumir no momento da aflição. Veja o que ele diz: "Então, disse eu: quem me dera asas como de pomba! Voaria e acharia pouso. Eis que fugiria para longe e ficaria no deserto. Dar-me-ia pressa em abrigar-me do vendaval e da procela" (v. 6-8). Veja a incoerência dele, querendo fugir do problema indo para um deserto! Mas não é assim que seu coração deseja nesses dias dificeis? Ficar sozinho, isolado de tudo e todos: é isso o deserto! Então, ele nos mostra o que devemos fazer: antes de tudo, confie no Senhor. Em lugar de ir para o deserto, "eu, porém, invocarei a Deus, e o Senhor me salvará" (v. 16). Abra seu coração e, assim como Davi, conte para o Senhor até mesmo seu desejo de "sumir do mapa". Depois, desenvolva uma vida de oração e comunhão com Deus, assim como o salmista: "A tarde, pela manhã e ao meio-dia, farei as minhas queixas e lamentarei; e ele ouvirá a minha voz (v. 17). Não é só uma oração esporádica e mecanica, mas é estar em sintonia com o Pai Celestial o dia todo, e fazer de sua oração um momento de compartilhar com ele tudo que se passa em seu intimo. Certamente, ele intervirá e fará com que os dias de angústias se tornem coisa do seu passado. Aleluia!

TBS-Teologia_Biblica_Sadia 

"Escuta, ó Deus, a minha oração, dá ouvidos às palavras da minha boca. Pois contra mim se levantam os insolentes, e os violentos procuram tirar-me a vida; não têm Deus diante de si. Eis que Deus é o meu ajudador, o Senhor é quem me sustenta a vida" (Salmo 54.2-4).

"Escuta, ó Deus, a minha oração, dá ouvidos às palavras da minha boca. Pois contra mim se levantam os insolentes, e os violentos procuram tirar-me a vida; não têm Deus diante de si. Eis que Deus é o meu ajudador, o Senhor é quem me sustenta a vida" (Salmo 54.2-4). 

Nos dias de angústias, todos nós precisamos de uma pedra de escape. Pedra de escape é uma saída com a qual não contávamos, e, no último instante, ela aparece e traz um grande alívio às nossas tribulações. Pode até não ser uma solução definitiva, mas é uma providência de Deus para nos livrar de uma enrascada e amenizar nossas angústias. Quando Davi escreveu este Salmo, ele havia passado por uma experiência na qual Deus havia enviado-lhe uma pedra de escape.

A história por trás deste Salmo está registrada em 1 Samuel 23.19-29. Davi, juntamente com seus homens, estava fugindo do rei Saul quando foi traído pelos zifeus. Em razão dessa traição, Davi foi cercado pelo exército de Saul, de forma que não havia mais para onde escapar. Entretanto, dentro dos projetos de Deus, não era para o jovem pastor de ovelhas ser preso e, por isso, Deus providenciou que os filisteus invadissem a terra. "Pelo que Saul desistiu de perseguir a Davi e se foi contra os filisteus. Por esta razão, aquele lugar se chamou Pedra de Escape" (1 Samuel 23.28).

Porventura hoje, em seus dias de angústias, você está precisando de uma pedra de escape? Voltemos, então, ao Salmo 54. Davi, estando em grandes apuros naquele contexto, dá o exemplo que devemos seguir diante de nossas tribulações e declara sua confiança irrestrita no sustento de Deus: "Eis que Deus é o meu ajudador, o Senhor é quem me sustenta a vida (v.4). Imagine falar isso estando completamente cercado pelo exército inimigo, sem visualizar nenhuma saída! Tem sido essa sua experiência? Então não se desespere. Afirme com convicção para seu próprio coração que o Senhor é quem lhe sustenta, mesmo que você não consiga ver nenhuma possível saída das suas tribulações. Mesmo que não tenha chegado o tempo de ele livrar você completamente das suas angústias, confie em que ele providenciará uma pedra de escape para o livramento da batalha atual que você enfrenta.

E possível que, enquanto Davi estava sendo traído pelos zifeus e Saul estava planejando a perseguição a ele, Deus estivesse levantando o exército dos filisteus para atacar a Israel, no exato momento em que Davi estivesse cercado. Lembre se disso sempre: Deus nunca é pego de surpresa pelas nossas tribulações. Enquanto você está lendo esta devocional, ele estará agindo em alguma circunstância para abençoar a sua vida e, dentro em breve, esse livramento chegara.

Por isso, desde já você pode agradecer e louvar ao Senhor como fez o salmista: "louvarei o teu nome, ó Senhor, porque é bom. Pois me livrou de todas as tribulações" (v. 6-7).

TBS... 

"Oferece a Deus sacrifício de ações de graças e cumpre os teus votos com o Altissimo: invoca-me no dia da angústia; eu te livrarei, tu me glorificarás." (Salmo 50.14-15).

"Oferece a Deus sacrifício de ações de graças e cumpre os teus votos com o Altissimo: invoca-me no dia da angústia; eu te livrarei, tu me glorificarás." (Salmo 50.14-15). 

Frequentemente, converso com pessoas que buscam a Deus apenas no momento da aflição. Em vindo um refrigério e um alívio na angústia, voltam a viver como se Deus não existisse. É possível que, por causa disso, o Senhor permita que venha nova tribulação, a fim de fazê-los andar nos seus caminhos. Por isso, neste dia, olhe com honestidade para seu coração e, ao final dessa meditação, veja se você precisa tomar decisões mudem a história de sua vida.

O texto que estudamos hoje é um salmo que fala da essência do culto a Deus. Entretanto, nessa visão pastoral sobre dias de angústias, quero desafiar você a analisar seu coração e receber do Senhor não somente a aprovação em sua adoração como também a solução para suas tribulações. Inicialmente, lembremos duas verdades básicas: a primeira é que não há nada que possamos oferecer a Deus que não venha dEle mesmo.

O próprio Deus ressalta essa verdade: "Pois são meus todos os animais do bosque e as alimárias aos militares sobre as montanhas...

se eu tivesse fome, não to diria, pois o mundo é meu e tudo quanto nEle se contém" (v. 10, 12). A segunda verdade é que Deus rejeita aquele que o busca com os lábios, mas o desonra com a vida: "Mas ao ímpio diz Deus: De que te serve repetires os meus preceitos e teres nos lábios a minha aliança, uma vez que aborreces a disciplina e rejeitas as minhas palavras? (v. 16-17). E, para que ninguém se esconda na hipocrisia de dizer que não faz desse jeito, Deus ilustra como isso acontece: "Se vés um ladrão, tu te comprazes nEle e aos adúlteros te associas. Soltas a tua boca para o mal, e a tua lingua trama enganos. Sentas-te para falar contra teu irmão e difamar o filho de tua mãe. Tens feito estas coisas, e eu me calei; pensavas que eu era teu igual" (v. 18-21).

O resumo, então, é que a fé e a vida são os dois lados de uma mesma moeda.

Diante disso, o que Deus requer de nós são duas coisas ligadas a essas duas verdades: que tenhamos um coração grato pelo seu cuidado paternal, e que o honremos em nossa vida cumprindo nosso compromisso de fidelidade com ele. "Oferece a Deus sacrificio de ações de graças e cumpre os teus votos para com o Altissimo" (v. 14). As mesmas duas verdades estão relacionadas na conclusão do salmo: "O que me oferece sacrificio de ações de graças, esse me glorificará; e ao que prepara o seu caminho, dar-lhe-ei que veja a salvação de Deus (v. 23).

Fazendo essas duas coisas em nossa vida diariamente, quando o dia da angústia chegar, nosso Senhor promete o socorro de que tanto precisaremos: "invoca-me no dia da angustia; eu te livrarei, e tu me glorificaras" (v. 15). "Por meio de Jesus, pois, ofereçamos a Deus, sempre, sacrificio de louvor, que é o fruto de lábios que confessam o seu nome" (Hebreus 13.15). 

"Deus é nosso refugio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações...Ele põe termo à guerra até aos confins do mundo, quebra o arco e despedaça a lança; queima os carros no fogo. Aquietai-vos sabei que eu sou Deus;" (Salmo 46.1, 9-10)

"Deus é nosso refugio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações...Ele põe termo à guerra até aos confins do mundo, quebra o arco e despedaça a lança; queima os carros no fogo. Aquietai-vos sabei que eu sou Deus;" (Salmo 46.1, 9-10)

Quando enfrentamos nossas guerras e as lutas pessoais, o desespero leva-nos a ficar agitados de um lado para o outro, com grande aflição no coração. Essa experiência é comum a todos os mortais, e se constitui numa reação natural de nossa mente. Entretanto, os filhos de Coré, ao escrever este salmo, trazem-nos uma nova perspectiva de enfrentamento das crises.

Se você está aflito e angustiado por causa de seus problemas, aprenda com este salmo a ter uma nova perspectiva nas lutas.

O texto começa com uma declaração de confiança no cuidado de Deus: "Deus é o nosso socorro e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações " (v. 1). A presença de Deus não é sinonima de ausência de tribulações, mas, nesses momentos, ele é o socorro bem presente, em tempo hábil, sem demora. E a fortaleza que nos deixa protegidos nas horas das guerras que enfrentamos. No restante do salmo, ele afirma que pode acontecer o que for: terremotos, maremotos, vulcões, guerras entre as nações, mas o Senhor dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó e o nosso refugio" (v7). Temos total e absoluta segurança em meio às tribulações.

Além disso, há a declaração de que "Ele põe termo à guerra até aos confins do mundo, quebra o arco e despedaça a lança; queima os carros no fogo" (v. 9). Essa descrição é muito enfática, expressando uma aniquilação total de todo tipo de resquicio de guerra, em qualquer parte do mundo. Entretanto, quero desafiar você a pensar agora nas guerras que são travadas no seu coração e na sua alma, porque a mão de Deus alcança também ali. Na verdade, podemos até ter guerras e tribulações ao nosso redor, mas em nossa alma ter a serenidade dos pastos verdejantes, para os quais somos conduzidos pelo nosso bom pastor. E essa ação de Deus que precisamos ter em nosso interior. Mesmo que o problema externo não tenha ainda uma solução vinda do Senhor, sua paz precisa permear nossa vida. Entregue hoje suas lutas ao seu Senhor e deixe que que tome conta de suas guerras.

Finalmente, vem a parte mais abençoada, porém, mais complicada: "Aquietai-vos e sabei que eu sou Dens (v. 10). Essa palavra exige uma atitude nossa: deixar de espernear e de viver em aflição, e simplesmente aquietar-nos. Isso exige confiança absoluta naquele que cuida de nós. Hoje, deposite suas aflições e guerras na presença dEle e aquiete seu coração diante do amor e do cuidado de seu pai Celestial. Ele apascentará seu coração e colocará sossego em sua alma.

TBS... 

"Pois tu és o Deus da minha fortaleza. Por que me rejeitas? Por que hei de andar eu lamentando sob a opressão dos meus inimigos?. Então, irei ao altar de Deus, de Deus, que é a minha grande alegria... Por que estás abatida, o minha alma? Por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxilio e Deus meu'" (Salmo 43.2, 4-5).

"Pois tu és o Deus da minha fortaleza. Por que me rejeitas? Por que hei de andar eu lamentando sob a opressão dos meus inimigos?. Então, irei ao altar de Deus, de Deus, que é a minha grande alegria... Por que estás abatida, o minha alma? Por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxilio e Deus meu'" (Salmo 43.2, 4-5)

Ser desprezado pelas pessoas que nos cercam ou sentir desprezo por elas, mesmo que não seja real, traz ao nosso coração uma maior dificuldade em superar os dias de angústia.

Uma palavra amiga, um abraço, aquela certeza de que, mesmo que a pessoa não possa fazer nada de objetivo para nos ajudar, ainda assim ela está ali, presente, à disposição, empática diante da nossa dor. A, tudo isso nos traz um novo alento para a alma. Mas, quando nos sentimos desprezados pelos amigos, nosso coração chora mais intensamente. Contudo, pior do que isso é sentir-se rejeitado por Deus. E era exatamente assim que o salmista se sentia no salmo de hoje.

O Salmo 43 é apontado pelos estudiosos como sendo continuação do 42, como se fossem um só texto. Aqui, o escritor sacro abre seu coração e confessa a Deus aquilo que o incomodava profundamente. E não era a opressão dos inimigos, mas o sentimento de que Deus não estava agindo. 

Você também tem esse sentimento presente em seu coração nestes dias de angústia? Então aprenda com o salmista a lidar com isso.

Antes mesmo de apresentar sua queixa ao Senhor, reafir me ao seu coração o principal: a confiança absoluta em Deus.

Ele faz a oração do verso primeiro, e logo já declara: "Pois tu és o Deus da minha fortaleza " (v. 2). Isso é importante, porque sua queixa não pode ser um desabafo de quem perdeu a fé, mas uma declaração da fragilidade de seu coração. Se sua fé está abalada, não permita que seu coração acredite que Deus o abandonou, mas volte-se para o Senhor repreendendo seu coração como o salmista fez no capítulo 42.5 e 11, e agora repete novamente: "Por que estás abatida, ó minha alma? Por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxilio e Deus meu" (v. 5).

No entanto, não pare aqui. Caminhe um pouco mais com sua queixa diante do seu Senhor. Apresente-se diante dEle assim como o salmista: "Então, irei ao altar de Deus, de Deus, que é a minha grande alegria; ao som da harpa eu te louvarei, ó Deus, Deus meu" (v.4). Perceba que, agora, o sentimento de rejeição é substituído pela alegria no coração. Ao questionar a sua alma e reafirmar sua confiança no poder de Deus, aquele sentimento de abandono é repreendido como sendo um sentimento falso.

Na verdade, Deus nunca desampara o seu servo, como Davi afirmou no Salmo 27.10: "Ainda que meu pai e minha mãe me desamparem, o Senhor me acolhera'.

Dessa forma, por mais aflito que esteja o seu coração, receba hoje o doce conforto do Senhor, "porque ele tem dito: De maneira alguma, te deixarei, nunca jamais te abandonarei" (Hebreus 13.5).

TBS... 

"As minhas lágrimas têm sido o meu alimento dia e noite... Sinto abatida dentro de mim a minha alma... Por que estás abatida, ó minha alma? Por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e Deus meu"(Salmo 42.3, 6, 11)

"As minhas lágrimas têm sido o meu alimento dia e noite... Sinto abatida dentro de mim a minha alma... Por que estás abatida, ó minha alma? Por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e Deus meu"(Salmo 42.3, 6, 11)

Os piores momentos de nossa vida são aqueles nos quais parece que Deus se esqueceu de nós, mostrando-se inoperante, omisso e calado. Essa dificil experiência tira a esperança de dias melhores, porque sabemos que, sem Deus, não conseguiremos superar nossas lutas. Essa angústia de alma também foi vivida e experimentada pelo salmista no texto de nossa meditação de hoje.

Qual era o contexto daquele escritor? Ele estava passando por um período de grandes tribulações, que o levavam a uma tristeza profunda. Para agravar a situação, aonde quer que ele fosse, era confrontado com a pergunta: 

"o teu Deus, onde está?" (v3, 10). 

Traduzindo para nosso contexto, é como se as pessoas dissessem: "mas se você crê em Deus, por que está passando por tudo isso?" E assim ele se deprimia mais ainda, e, quanto mais se deprimia, mais chorava; e quanto mais chorava, mais se deprimida, comprovando que, nesses momentos, um abismo chama outro abismo" (v. 7). 

Essa é a verdadeira situação na qual se tem a alma abatida. Porventura você tem passado por situação semelhante? Então atente para as instruções deste texto.

Antes de tudo, questione as razões de sua alma (v 11). É isso mesmo: questione o seu próprio coração acerca do porquê de estar triste e perturbado.

 O primeiro passo para enfrentar a depressão é deixar de lado a autopiedade. Aliste, de forma objetiva, todas as razões por estar triste e perturbado.

Não é o fato de ser cristão que vai isentar-nos de passar por provações e lutas. 

Lembre-se de que o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó é o mesmo Deus de Jó. Firme bem seus pés no chão e pergunte para si mesmo a razão de estar triste. Se possível, faça isso por escrito.

Após esse questionamento intimo, reafirme à sua alma que o auxílio de Deus não falha. 

Imite a convicção do salmista ao afirmar "Espera em Deus, pois ainda o louvarei" (v. 5, 11). 

Ele está sofrendo por causa de suas angústias, mas declara confiadatemente que esse período difícil ainda será superado, e cânticos de louvor ao Senhor brotarão de seus lábios. Isto ele fez quando a sua alma estava abatida: demonstrou sua confiança na ação de Deus. 

Esta deve ser sua atitude: reafirme sua fé no cuidado de Deus. 

"Contudo, o Senhor, durante o dia, me concede a sua misericórdia, e à noite comigo está o seu cântico, uma oração ao Deus da minha vida" (v. 8).

Finalmente, mantenha sempre seu anelo pela presença de Deus, mesmo nos momentos em que você possa estar se sentindo longe dEle (v. 1). Mantenha acesa a chama da sua fé, a confiança de que Deus age e não tardará a intervir em sua vida.

Na verdade, fazer isso já é uma evidencia de que o Espírito Santo iniciou o processo de cura e restauração de sua alegria. Aleluia! 

Tbs... 

"Até o meu amigo íntimo, em quem eu confiava, que comia do meu pão, levantou contra mim o calcanhar...Quanto a mim, tu me sustentas na minha integridade e me pões à tua presença para sempre"(Salmo 41.9, 12)

"Até o meu amigo íntimo, em quem eu confiava, que comia do meu pão, levantou contra mim o calcanhar...

Quanto a mim, tu me sustentas na minha integridade e me pões à tua presença para sempre"(Salmo 41.9, 12)

É possível que uma das maiores angústias de alma que nos podem sobrevir seja a traição de um amigo. Quando um inimigo nos faz algum mal ou divulga uma calúnia contra nós, apesar de ficarmos aborrecidos, recebemos isso com naturalidade. Afinal, é um inimigo, e dele não esperávamos outra coisa senão isso. Até quando alguém estranho e neutro faz ou fala algo contra nós, ainda assim temos certa tolerância, porque aquela pessoa pode estar equivocada por não nos conhecer e não saber acerca de nosso caráter. 

👉 Mas quando um amigo faz isso, a decepção que sentimos torna-se avassaladora.

Davi também passou por essa experiência amarga e é sobre ela que fala este salmo. Na verdade, na maioria dos versículos Davi fala do ataque dos inimigos: "Os meus inimigos falam mal de mim: Quando morrerá e lhe perecerá o nome?" (v. 5).

Seus inimigos jogavam praga nEle dizendo: "Peste maligna deu nEle; caiu de cama, já não há de levantar-se' (v. 8). Ora, se quando as pessoas trazem palavras de conforto e ánimo para nós ja é difícil superar uma má fase na vida, imagine enfrentar tribulações com uma grande torcida contra nossa recuperação!

Mas isso ainda não é o pior.

Pior quando nossos amigos nos abandonam e se voltam contra nós. Veja a experiência do salmista: "Até o meu amigo Íntimo, em quem confiava, que comia do meu pão, levantou contra mim o calcanhar" (v.9). Não eram apenas conhecidos ou vizinhos, mas amigos íntimos Aquele que frequentava a casa dele, sentava-se a sua mesa e compartilhava de seu alimento.

E não apenas o abandonou no momento difícil que ele estava enfrentando, mas levantou contra ele o calcanhar, dando a ideia de agressão.

Se Porventura suas aflições tém sido agravadas por passar por uma situação assim, faça como Davi, no verso 12: "Quanto a mim, tu me susténs na minha integridade e me pões à tua presença para sempre". Primeiro, fortifique seu coração com a convicção de que é o Senhor quem te sustenta, e não seus amigos. Na verdade, o Senhor nos sustenta "através" de nossos amigos, mas caso eles se recusem a ser instrumentos nas mãos de Deus, este continua fiel e busca outra forma de comunicar-nos seu conforto e sua graça. Segundo, preserve sua integridade e continue sendo alguém reto, justo, que não paga mal com o mal, mas que é benção mesmo na vida daqueles que se recusaram a confortá-lo nessa hora de angústia. Lembre se do exemplo de Jó: "Mudou o Senhor a sorte de Jó, quando este orava pelos seus amigos (Jó 42.10). Finalmente, lembre ao seu coração que o Senhor mantém sua vida constantemente na presença dele.

Ali é o lugar seguro; nenhuma tribulação pode te abalar neste lugar. Portanto, descanse sob a boa mão Deus. 

TBS... 

"Não retenhas de mim, Senhor, as tuas misericórdias; guardem - me sempre a tua graça e a tua verdade...Praza - te, Senhor, em livrar me; dá te pressa, o Senhor, em socorrer - me... E sou pobre e necessitado, porém o Senhor cuida de mim, tu és o meu amparro e o meu libertador; nao te detenhas, ó Deus meu" (Salmo 40.11,13,17) 🛐

"Não retenhas de mim, Senhor, as tuas misericórdias; guardem - me sempre a tua graça e a tua verdade...Praza - te, Senhor, em livrar me; dá te pressa, o Senhor, em socorrer - me... E sou pobre e necessitado, porém o Senhor cuida de mim, tu és o meu amparro e o meu libertador; nao te detenhas, ó Deus meu" (Salmo 40.11,13,17). 

Algumas situações ampliam nossa ansiedade quando enfrentamos um dia de angústia. Quando estamos enfermos e o laboratório informa que entregará os resultados em uma semana; quando precisamos de apoio financeiro e o gerente do banco só pode nos atender no dia seguinte; quando queremos conversar com nosso cônjuge sobre uma crise conjugal e ele não se dispõe a dialogar, além de várias outras situações nas quais o tempo das coisas ou pessoas não coincide com o nosso tempo. No nosso relacionamento com Deus, isso também pode acontecer. No salmo que estudamos hoje, Davi também experimentou essa angústia por receber o favor de Deus.

👉🏿 Primeiramente, ele suplica pela misericórdia do Pai sobre ele: "Não retenhas de mim, Senhor, as tuas misericórdias" (v. 11). No seu momento de dor, faça essa oração. Clama pela misericórdia de Deus porque só assim ele será gracioso, uma vez que nenhum de nós merece sua benção por nós mesmos. Mas, pela sua misericórdia, ele se inclina para nós e nos ouve (v. 1).

Mas, além disso, o salmista também pede pressa a Deus, mas o faz do jeito certo: "Praza-te, Senhor, em livrar-me; da-te

pressa, ó Senhor, em socorrer-me" (v. 13). A ideia de "praza-te" é a de que o desejo do salmista não é o de colocar Deus contra a parede para fazer sua vontade, mas de que Deus "tenha prazer" em fazer isso logo. Ou seja, que ele agilize o nosso socorro "de acordo com sua vontade, com seu prazer". Há uma diferença grande entre uma forma e outra. No seu dia de angústia, voce pode orar para que Deus apresse o socorro, mas faça-o dentro da vontade dEle, e não da sua. Por que? Porque ele sabe o que é melhor para você mais do que você mesmo. Paulo diz que a vontade de Deus é sempre "boa, agradável e perfeita (Romanos 12.2), e, por essa razão, podemos manifestar nosso desejo de ser atendidos logo, mas sem querer que a nossa vontade prevaleça sobre a dele. Portanto, se Deus está permitindo que você passe por provações, lembre-se de que ele, no tempo certo, há de fazer cessá-la. Por isso, suporte com perseverança até o tempo em que ele, dentro de sua vontade, considerá-lo aprovado: "Bem aventurado o homem que suporta com perseverança a provação; porque, depois de ter sido aprovado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor prometeu aos que o amam(Tiago 1.12). E se esse tempo ainda não chegou, continue dependendo dEle a cada dia, como mostra Davi no final deste salmo: "Eu sou pobre e necessitado, porém o Senhor cuida de mim; tu és o meu amparo e o meu libertador; não te detenhas, ó Deus meu!" (v. 17).

TBS... 

"Esperei confiantemente pelo Senhor ele se inclinou para mim e me ouviu quando clamei por socorro, Tirou-me de um poço de perdição, dum tremedal de lama, colocon-me os pés sobre uma rocha e me firmou os passos. E me pós nos lábios um novo cântico, um hino de louvor ao nosso Deus; muitos verão essas coisas, temerão e confiarão no Senhor" (Salmo 40.1-3). 🛐

"Esperei confiantemente pelo Senhor ele se inclinou para mim e me ouviu quando clamei por socorro, Tirou-me de um poço de perdição, dum tremedal de lama, colocon-me os pés sobre uma rocha e me firmou os passos. E me pós nos lábios um novo cântico, um hino de louvor ao nosso Deus; muitos verão essas coisas, temerão e confiarão no Senhor" (Salmo 40.1-3). 

Em uma conversa com minha família, estávamos comentando o quanto nós, brasileiros, somos displicentes com nossa saúde. Falávamos sobre a questão de um tratamento dentário, pois, normalmente, a gente só vai ao dentista quando há dor de dente. E mesmo assim, quando um tratamento emergencial é feito e tira a dor, muitos nem voltam para o tratamento definitivo. Infelizmente, muitos agem assim também com relação aos problemas e tribulações da vida.

No salmo de hoje, Davi fala de dois extremos que evidenciam um tratamento completo da parte de Deus para nossas tribulações. Ele sai do pedido de socorro, do poço de perdição, e termina em hino de louvor e testemunho. Se você tem o hábito de deixar seus problemas sem tratamento e viver de paliativos temporários ou se em sua vida os mesmos problemas vão e voltam, preste atenção neste salmo.

O começo do salmo já demonstra a qualidade de confiança que temos de ter: "Esperei confiantemente pelo Senhor (v. 1). A ideia expressa por esses termos é de uma espera com "certeza absoluta", sem nenhuma dúvida de que o Senhor o atenderia. Não é aquela espera com um "plano B" nas mãos como se pudéssemos ameaçar o Senhor: se ele não agir, então vamos fazer outra coisa. Não. Você precisa ter confiança no seu Deus. O resultado dessa espera confiante está no mesmo verso: "ele se inclinou para mim e me ouviu quando clamei por socorro." Ele conhece o nosso coração e sabe de nossas necessidades e da honestidade de nosso clamor.

Na sequência, o salmista explica a forma do agir de Deus.

👉🏿 Primeiro, ele acode na emergência e na necessidade imediata:

"Tirou-me de um poco de perdição, num tremedal de lama." (v. 2).

Perceba que, quando você entrega suas tribulações a Deus, ele agirá primeiramente na solução do problema mais imediato e emergente. Mas não pare por aqui, porque Deus não terminou de agir, e ainda fará muito mais pela sua vida. Olhe o restante do versículo: "colocou-me os pés sobre uma rocha e me firmou os passos".

Isso é maravilhoso! Deus não somente resolve o problema em si, mas providencia para que possamos caminhar em terreno firme. Aplique isso em sua experiência, em qualquer área em que esteja com crises ou tribulações.

Mais do que tudo isso, o Senhor devolve a alegria de viver: "E me pôs nos lábios um novo cântico, um hino de louvor ao nosso Deus" (v. 3). Em lugar de lamentar e gemer sob a opressão dos problemas, estaremos cantando ao Senhor um novo cântico, agora motivados pela ação libertadora dEle em nossa vida. E, no final de tudo, ainda seremos usados para glorificar a Deus por meio de nossa experiência: "muitos verão essas coisas, temerão e confiarão no Senhor”.

TBS... 

"Sou, com efeito, como quem não ouve e em cujos lábios não há réplica. Pois em ti, Senhor, espero; tu me atenderás, Senhor, Deus meu." (Salmo 38.14). 🛐

"Sou, com efeito, como quem não ouve e em cujos lábios não há réplica. Pois em ti, Senhor, espero; tu me atenderás, Senhor, Deus meu." (Salmo 38.14). 

Neste versículo, o salmista fala de um exercício difícil de ser praticado em dias de angústia: a abstinência da réplica.

Quando estamos passando por dias assim, temos vontade de querer justificar nossos erros ou lamentar pelos erros de outros que nos prejudicam. Normalmente, em razão desta postura, temos a tendência de nos tornar amargos e de entrar em uma situação que aumenta nossa angústia, pois, independentemente dos erros cometidos por nós ou por outros no passado, não podemos voltar no tempo e alterá-lo.

Essas palavras de Davi devem ser entendidas à luz dos versos anteriores. Ele fala de sua angústia de alma desde o começo do salmo, reconhecendo não só seu pecado, mas também a solidão nos momentos mais difíceis de sua vida: "Os meus amigos e companheiros afastam-se da minha praga, e os meus parentes ficam de longe (v. 11). Na verdade, todos nós podemos passar por esta experiência difícil: nossos amigos, companheiros e parentes são as pessoas mais próximas, e são usadas mais intensamente para confortar nosso coração. Entretanto, quando passamos por dias de angústia, sentimo-nos desamparados por eles, e isso agrava mais ainda nosso sentimento de abandono.

Ao mesmo tempo em que os amigos se afastam, os "inimigos" se aproximam com a finalidade de tirar algum proveito da situação (v. 12). E nessa hora que temos a tendência de apresentar réplica, tanto para os amigos como para os inimigos. E aqui aprendemos a forma correta de agir: não dando ouvidos aos boatos e comentários, nem tentando justificar nossa situação. Alguém já disse que, em meio a trovões e relâmpagos, o mais sensato é ficar quieto e calado a fim de discernir a voz de Deus no meio dos trovões. Na linguagem de Jeremias, "bom é aguardar a salvação do Senhor, e isso, em silêncio" (Lamentações 3.26). Esse exercício serve para que nos humilhemos na presença de Deus e, ao mesmo tempo, mantenhamos nosso foco na solução, e não nos problemas.

Precisamos, nesses momentos, de forma mais enfática, seguir o exemplo de Jesus, "pois ele, quando ultrajado, não revidava com ultraje; quando maltratado, não fazia ameaças, mas entregava-se àquele que julga retamente" (1Pedro 2.23) e "a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo... e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente." (Filipenses 2.7,8).

Certamente essa atitude não é fácil de ser praticada, mas considere esses momentos de angústia como uma oportunidade única para humilhar-se na presença de seu Senhor e aumentar sua intimidade com ele. O deserto não precisa ser um lugar de desespero, mas pode ser um excelente lugar para aumentar nossa dependência de Deus.

TBS... 

"Estou aflito e mui quebrantado; dou gemidos por efeito do desassossego do meu coração. Na tua presença, Senhor, estão os meus desejos todos, e a ansiedade do meu coração não te é oculta"(Salmo 38.8-9).🛐

"Estou aflito e mui quebrantado; dou gemidos por efeito do desassossego do meu coração. Na tua presença, Senhor, estão os meus desejos todos, e a ansiedade do meu coração não te é oculta"

(Salmo 38.8-9). 

Neste salmo, Davi toca em um assunto que muito nos incomoda: a angústia que nos sobrevêm por causa de nossos erros. Ele é claro em falar que, por causa do seu pecado, ele estava tendo um problema psicossomático, ou seja, sua angústia se expressava em sua saúde física (v. 27). Aqui podemos aprender sobre a origem e os efeitos da angústia e, também, sobre o remédio para combate-la.

👉🏿 Primeiramente, temos que admitir a origem de nossos problemas e ser honestos para reconhecer quando são resultado dos nossos pecados e erros. Uma decisão precipitada, uma opção errada, um caminho que não deveriamos ter tomado.

Seja qual for a situação, admita que você errou e que, agora, as consequências vieram, trazendo uma angústia grande que se manifesta até em seu corpo. Reconhecer o erro é o primeiro passo para o combate de suas consequências.

Logo após, aprendemos sobre os efeitos da angustia.

É preciso considerar esses efeitos a fim de identifica los em nossa experiência pessoal. O descarrego do campo" traz aflição, quebrantamento e gemidos. Ele expressa a forma como nos sentimos nessas épocas: "Sinto-me encurtado e sobremodo abatido ando de luto o dia todo" (v. 6.)E a ideia do "dia cinzento", no qual não temos prazer em nada, nem nas coisas que normalmente nos animariam, como um determinado alimento, um filme ou pequenos detalhes que fazem parte de nossas preferências.

👉🏿 Agora, nada mais tem valor por causa da angústia de alma.

Finalmente aprendemos sobre a solução para a angústia e seus efeitos: depositar - se inteiramente na presença do Senhor(v. 9). Começando por nossos desejos, temos que aprender a interceder diariamente pela nossa situação. Como parte dessa vida de oração, temos que aprender a ser honestos diante do Senhor: "a minha ansiedade não te é oculta. Se você está abatido, triste e angustiado, fale isso de forma clara para seu Senhor. Derrame seu coração em sua presença. Logo você perceberá que "a paz de Cristo, que excede todo entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus (Filipenses 4.7) e, gradativamente, irá substituindo a sua angústia de alma. Ao agir assim, você demonstra confiança e dependência de Deus, que significa seu reconhecimento de que, se ele não fizer alguma coisa, você não tem nada a fazer.

Coloque em prática esses ensinamentos de Davi. Hoje, abra seu coração para a graça de Deus e confie que ele intervirá em sua história, mesmo que você não tenha ideia de como ele fará isso. Infunda essa fé em seu coração e viva dependendo da graça de nosso Senhor.

TBS... 

"Vem do Senhor a salvação dos justos, ele é a sua fortaleza no dia da tribulação" (Salmo 37.39).

"Vem do Senhor a salvação dos justos, ele é a sua fortaleza no dia da tribulação" (Salmo 37.39). 

Há dias em nosso período de angústia que soam como se estivéssemos em um local completamente desprotegido.

Como se nos encontrássemos acuados pelos problemas e crises sem ter qualquer ponto de proteção, totalmente à mercê daqueles "inimigos" que nos cercam e não nos dão trégua. Isso aumenta mais ainda nossa angústia visto que a insegurança faz com que pensemos que, de fato, não haja saída para nossa situação. Parece ser esse o contexto que Davi visualizou quando escreveu o versículo base de nossa meditação: "vem do Senhor a salvação dos justos.

Nossa luta interna é que, quando passamos por angústias resultantes de nossas decisões erradas e nossos pecados, temos dificuldades de aplicar esse texto a nós. Achamos que o Senhor quer nos punir e, por isso, nossa única fonte de salvação estaria fechada. Mas isso é engano de nosso coração. Observe que o autor deste Salmo é Davi. Esse homem de Deus teve uma experiência marcante, pois cometeu erros terríveis na sua vida.

No entanto, muitos séculos depois de sua morte, o próprio Deus testifica: "Achei Davi, filho de Jessé, homem segundo o meu

coração, que fará toda a minha vontade" (Atos 13,22). O que tornou Davi um homem diferente foi a seguinte situação: quando questionado pelo profeta de Deus, ele admitiu imediatamente seu pecado e se quebrantou diante do Senhor. (2Samuel 12.13).

Na verdade, o justo não é uma pessoa que é perfeita, mas é a pessoa que admite suas fraquezas e seu pecado, e apresenta se quebrantada diante do Senhor. Ao fazer isso, recebe de Deus não só o perdão dos pecados, mas também a solução dos problemas que causam angústia na alma. Mesmo não sendo perfeitos, temos que lembrar de que nossa justificação vem do Senhor, e não de nossa própria força. Isso nos dá segurança, uma vez que o cuidado e a fidelidade dEle são inquestionáveis.

Por fim, nosso coração pode pensar erroneamente que a ação de Deus nos isentará de passar por problemas. O próprio versículo já adianta que precisamos de salvação que haverá dias de tribulação em nossa vida. Sejam quais forem as origens das tribulações, lembremos de que, em sua Palavra, o Senhor nos assegura que é a nossa fortaleza. Esse termo nos remete ao período bíblico, no qual as cidades eram cercadas por grandes muros. Quando uma ameaça se aproxima, todas as pessoas que trabalhavam fora da cidade entravam e os pesados portões eram fechados. Ali havia segurança e as pessoas podiam dormir tranquilas, mesmo com o inimigo as portas. Essa é a figura de linguagem para mostrar a ação de Deus em nossa vida.

Por tudo isso, nesses dias de tribulação, lembre-se o verso 40:"O Senhor os ajuda e os livra; livra-os dos impios e os salva, porque nEle buscam refugio". Dessa forma, aprenda a buscar refúgio no Senhor. Lembre-se daquele hino que nossos irmãos cantam há muito tempo: "Oh, Cristo é nosso abrigo no temporal, na tentação, em todo mal. Sim, Cristo é nosso abrigo no temporal refúgio na tribulação!"

(Hinário Novo Cântico, 137).

TBS... 

"Agrada-te do Senhor, e ele satisfará os desejos do teu coração, Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele, e o mais ele fará. Fará sobressair a tua justiça como a luz e o teu direito, como o sol ao meio-dia. Descansa no Senhor e espera nele"(Salmo 37.4-7)🛐

"Agrada-te do Senhor, e ele satisfará os desejos do teu coração, Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele, e o mais ele fará. Fará sobressair a tua justiça como a luz e o teu direito, como o sol ao meio-dia. Descansa no Senhor e espera nele"

(Salmo 37.4-7)

Li certa vez a história de um garotinho que brincava tranquilamente no convés de um navio que estava à deriva, enquanto todos os passageiros corriam e gritavam desesperadamente. Então, um deles parou e disse esbaforido:

"Garoto, este navio está quase afundando... você não está assustado?" E o garotinho disse com serenidade: "Não.. o comandante do navio é o meu pai e ele está controlando o leme".

Essa história ilustra bem qual deveria ser nossa atitude em meio às tormentas desta vida, mas acaba realçando nossa dificuldade em descansar nas mãos do Senhor. Esse é um dos mais difíceis exercícios espirituais. Muitas vezes não temos absolutamente mais nada a fazer diante de nossos problemas, por isso é fácil "esperar" no Senhor. Entretanto, descansar" é muito difícil, principalmente quando estamos enfrentando dias de angústias. Mas é isso que Deus quer: que aprendamos a descansar nEle.

Na verdade, há circunstâncias em que nossa dificuldade em descansar em Deus torna-se uma "declaração de falta de fé que ofende o nosso Senhor. Ele faz inúmeras promessas

de que cuidará de nós, e espera de nossa parte a confiança de que ele é capaz de cumpri-las. Aqui mesmo, no salmo de hoje, temos uma dessas promessas: "O Senhor firma os passos do homem bom e no seu caminho se compraz se cair, não ficará prostrado, porque o Senhor o segura pela mão" (v. 23-24). Por isso, em seus dias de angústia creia na promessa do Senhor e recuse-se a ficar prostrado remoendo suas dores.

Parece que temos dificuldades em descansar no Senhor por causa de um falso entendimento do que isso significa.

Para nós, descansar é sinônimo de "não fazer nada" e quando passamos por tribulações temos a tendência de ficar agitados, buscando insistentemente por soluções para nossos problemas.

Por isso, a ideia de "não fazer nada" nos parece absurda. Mas não é isso que o texto está ensinando, pois há uma sequência de ações que precisamos empreender, como podemos ver nos versos 3 a 5. Primeiro, temos que confiar no Senhor, não há como descansar sem confiar. Depois, temos que fazer o bem, ou seja, mudar nossas atitudes a fim de sermos bênção na vida de outras pessoas, mesmo passando pelas nossas próprias lutas.

Em seguida, o texto diz que temos que habitar na terra, o que é óbvio; mas isso significa levar adiante a vida comum do dia a-dia, desenvolver nossas responsabilidades em casa, na escola, no trabalho, na igreja. Não se entregar à depressão e evitar ficar recluso amargurando o coração por causa das lutas. Na sequencia, o texto diz que temos que nos alimentar da verdade; abandonar a mentira e a falsidade e viver uma vida integra.

Finalmente, temos que nos agradar do Senhor, que implica em estar satisfeitos com seus planos para nossa vida e também em sermos agradáveis a ele.

Depois de tudo isso então, é entregar o caminho ao Senhor, confiar nEle e o deixar cuidar de tudo (v. 5). Ele é quem vai defender seus direitos, como promete no verso seis.

TBS... 

"Pois em ti está o manancial da vida; na tua luz, vemos a luz" (Salmo 36.9). 🛐

"Pois em ti está o manancial da vida; na tua luz, vemos a luz" (Salmo 36.9). 

Uma luz no fim do túnel. Esse é o ditado popular que mais se identifica conosco em algumas fases de nossa vida. São momentos em que nossas angústias se avolumam tanto sobre nós, que nos sentimos literalmente "no escuro" e sem nenhuma perspectiva de saída: é o casamento que parece não ter mais jeito, é a crise financeira que parece impagável, é a enfermidade que parece incurável, além de diversas outras fontes de angústias para nossa alma. Entretanto, quando falamos de "uma luz no fim do túnel" não falamos necessariamente da solução definitiva de nossos problemas. Mas falamos de um fio de esperança que nasce no nosso coração. "Nem tudo está perdido", falamos ao nosso coração, "parece que há uma saída". Nesses momentos difíceis, o que mais precisamos é disso: reacender a esperança de que há uma saída, mesmo que a gente ainda não consiga entender qual seja.

Por isso, abra seu coração para o versículo de hoje: "na tua luz, vemos a luz". Deixe-se apascentar por esta verdade da palavra de Deus. No momento em que você ler esta devocional, creia no seu Senhor que há uma saída para suas crises. Mesmo que ainda não consiga percebê-la, lembre-se de olhar para a luz de Deus. Qualquer que seja a solução, ela está ali. E, ao olhar confiantemente para Deus, abra seu coração para ser apascentado pelo Espírito Santo nesses momentos, e não deixe se levar pela angústia e pela falta de perspectiva.

Lembre-se que ao olhar para a "luz no fim do túnel" você já achou um ponto de referência no meio da escuridão: é só caminhar naquela direção. "Na tua luz, vemos a luz. Olhe para o Senhor e aproxime-se dEle, mesmo que você não tenha ainda a solução para seus problemas. Derrame perante ele sua angústia de alma e aprenda a descansar na sua bondade. Como Davi, afirme com convicção que "a tua benignidade, Senhor, chega até aos céus, até às nuvens, a tua fidelidade" (v. 5). Reafirme ao seu coração a conclusão a que chegou o salmista: "os filhos dos homens se acolhem à sombra das tras asas. Fartam-se da abundância da tua casa, e na torrente das tuas delicias lhes das de beber" (v. 7-8). Ainda que na sua angústia você não veja essa descrição como sendo sua realidade, creia que a salvação do Senhor virá e no tempo certo tais palavras se aplicarão à sua vida.

Ao fazer isso, você perceberá que o seu foco deixou de ser as crises e problemas, e passou a ser a luz do Senhor. E gradativamente você irá saindo do alcance dessas lutas e sentirá que a angústia de alma já não será mais tão forte. É a graça de Deus que vai permeando sutilmente sua vida e amparando seu coração nesses momentos difíceis. Está sem orientação? Olhe para Jesus. Ele é a nossa luz.

TBS... 

"Dize à minha alma: Eu sou a tua salvação"(Salmo 35.3). 🛐

"Dize à minha alma: Eu sou a tua salvação"

(Salmo 35.3). 

Nossa maior dificuldade quando enfrentamos dias de angústia não são os problemas que nos afligem, mas a forma como os enfrentamos, nossa maneira de reagir a eles. Quando cedemos às pressões psicológicas, e nos voltamos para nós mesmos numa atitude de fuga e tentativa de nos esconder de nossas crises, geralmente ficamos expostos à depressão ou, no mínimo, a um estado de espírito que não enfrenta o problema em si. Quando isso acontece, nossos problemas continuam livres para crescer e aparecer.

👉🏿A solução para esse tipo de comportamento interior é a confiança absoluta no socorro que vem de Deus. Davi mostra isso no Salmo 35, primeiramente fazendo a declaração de fé na salvação que vem do Senhor: "digo à minha alma: Eu sou a tua salvação". Perceba que o contexto de todo o salmo evidencia que ele estava cercado de inimigos e de crises que extrapolavam sua capacidade de resistir ou solucionar. Ele afirma, inclusive, que esses inimigos o atormentavam sem causa (pois sem causa me tramaram laços, sem causa abriram cova para a minha vida" - v. 7), e que eram " inimigos gratuitos" (v. 19). Mas ainda assim ele podia afirmar com confiança: "E minha alma se regozija no Senhor e se deleitará na sua salvação" (v. 9).

Era essa confiança no Senhor que levou Davi a ter uma atitude certa com relação aos chamados inimigos gratuitos "estando eles enfermos, as minhas vestes eram pano de saco; eu afligia a minha alma com jejum e em oração me reclinava sobre o peito, portava-me como se eles fossem meus amigos ou meus irmãos (v. 13-14).👉🏿 Em dias de angústias temos de seguir esse exemplo, porque de pouco nos adianta remoer amarguras no coração contra as pessoas que possam ter nos traído e desprezado.

Nesse dia, faça como Davi: mesmo que seus olhos e seu coração não consigam enxergar no horizonte uma solução para seus problemas, e mesmo que sua alma esteja atormentada por "inimigos gratuitos", expresse sua confiança no Senhor e derrame sua alma perante ele. Continue alimentando sua alma com as preciosas promessas de Deus e não permita seu coração duvide de que o socorro do Senhor é certo. Lembre se de afirmar, como Davi: "Cantem de jubilo e se alegrem os que têm prazer na minha retidão; e digam sempre: Glorificado seja o Senhor, que se compraz na prosperidade do seu servo!" (v. 27). E ao fazer isso, perceba que não são apenas os inimigos que te cercam, mas o seu Salvador. mantém um grupo de pessoas ao seu lado para chorar e se alegrar com você. Identifique essas pessoas e aproxime-se delas, porque serão usadas pelo Senhor no tratamento de sua alma. Aleluia!

Tbs... 

"Busquei o Senhor e ele me acolheu: livrou-me de todos os meus temores"(Salmos 34.4). 🛐

"Busquei o Senhor e ele me acolheu:

livrou-me de todos os meus temores"

(Salmos 34.4). 

O Salmo 34 foi escrito por Davi por ocasião de um episódio bizarro na sua vida: fingiu ser um "amalucado" na presença do rei Abimeleque para ser libertado (1 Samuel 21.13-15). Independente da legitimidade ou até mesmo da eficácia dessa estratégia, Davi reconhece nesse texto que Deus é o seu libertador, e não sua própria esperteza ou seus projetos para solucionar seus problemas. Essa é a verdade que você precisa confirmar continuamente ao seu coração.

👉🏿 O mais importante na hora da angústia, é lembrar que Deus nos acolhe quando o buscamos: "Busquei o Senhor, e ele me acolheu; livrou-me de todos os meus temores" (v. 4). Não importa se a angústia vem por causa de uma circunstância externa a nós, ou uma circunstância provocada por nossos erros: quando buscamos o Senhor, ele nos acolhe. Além disso, ele nos livra de todos os nossos temores, mesmo que não tire, de imediato, que causa a angústia. Veja que o problema pode nem ainda estar solucionado, mas Deus já age livrando nosso coração dos temores e aflições, o que é vital para termos condições de administrar nossa vida. E não importa o número de problemas que nos trazem aflições, ele é fiel e poderoso para nos livrar de todas elas. "Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor de todas o livra" (v. 19) Davi mostra que a bondade do Senhor não apenas é testemunhada como ato de fé, mas como comprovação real na nossa vida: "Oh! Provai e vede que o Senhor é bom; bem-aventurado o homem que nEle se refugia."(v8). E óbvio que o termo "refugiar" se refere a situações de perigos e dificuldades, o que exalta mais ainda a bondade do Senhor. Davi já havia se referido à presença do anjo do Senhor ("O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que temem e os livra" -v. 7), e mais à frente ele explica que "nada falta aos que o temem' (v. 9) e que "aos que buscam o Senhor bem nenhum Lhes faltara" (v. 10).

Ao lidar com suas aflições, saiba que Deus abençoará todas as suas ações. Por isso, tome as decisões que possam trazer sossego à sua alma, e deixe que seu Senhor use-as para abençoar sua vida. Comece obedecendo à sua ordem: "Aparta-te do mal e pratica o que é bom, procura a paz e empenha-te por alcançá-la." (v.14). É por causa da convicção acerca da bondade do Senhor que Davi deixa o seu testemunho para nos inspirar a fazer o mesmo: "Clamou este aflito, e o Senhor o ouviu e o livrou de todas as suas tribulações (v. 6). Abra seu coração e seus lábios para clamar pelo socorro do Senhor, e em breve você também juntará seu testemunho ao de Davi, pois o livramento certamente virá.

TBS... 

"Eis que os olhos do Senhor estão sobre os que o temem, sobre os que esperam na sua misericórdia, para livrar-lhes a alma da morte, e, no tempo da fome, conservar-lhes a vida" (Salmo 33.18-19).

"Eis que os olhos do Senhor estão sobre os que o temem, sobre os que esperam na sua misericórdia, para livrar-lhes a alma da morte, e, no tempo da fome, conservar-lhes a vida" (Salmo 33.18-19). 

O que fazer quando todas as possibilidades de solução para os problemas se esvaíram? Quando já não temos mais nenhuma perspectiva de vitória, e não há mais ninguém para nos socorrer? Quando aquilo que deveria vencer nossas guerras foi derrotado? Essas perguntas podem incomodar nosso coração quando percebemos que estamos numa situação semelhante, ao passar por dias de angústias. O salmista no texto de hoje fala sobre isso, mostrando que quando Deus age, ninguém pode lhe resistir ("Não há rei que se salve com o poder de seus exércitos, nem por sua muita força se livra o valente. O cavalo não garante vitória; a despeito de sua grande força, a ninguém pode livrar" - v. 16-17). Entretanto, esse mesmo Deus onipotente se importa com o aflito que espera nEle. Mesmo sentindo-se indigno de ter a atenção de alguém, ou mesmo injustiçado por ninguém olhar para suas dores, o Senhor está disposto a olhar para você ("Eis que os olhos do Senhor estão sobre os que o temem, sobre os que esperam na sua misericórdia', v. 18). Tendo os olhos do Senhor sobre você, então a perspectiva de vitória é máxima. O salmista usa dois inimigos dos mais fortes que temos: a morte e a fome.

👉🏿 E ele afirma que a ação do Senhor suplanta os dois: "para livrar Ihes a alma da morte, e, no tempo da fome, conservar-lhes a vida" (v.19). A ideia é que ao falar destes extremos, possamos entender que as demais coisas são muitíssimo mais fáceis de serem superadas com a graça de Deus. Não importam quais sejam suas crises e lutas, busque a presença dEle para cuidar de você. Mesmo tendo um dia difícil e angustiante, saiba que os olhos do Senhor estão sobre você e isso faz toda diferença.

E, se porventura todas as suas forças já se esgotaram, então faça como o salmo orienta: "Nossa alma espera no Senhor, nosso auxilio e escudo. NEle, o nosso coração se alegra, pois confiamos no seu santo nome" (v. 20-21). Certamente ele ainda há de mostrar sua bondade em sua vida.

Ao enfrentar mais um dia de angústia, entregue sua vida confiante no cuidado de seu Pai celestial. Mostre ao seu coração que Deus não erra em suas ações e, portanto, voce pode descansar em suas boas mãos. 

"Porque a palavra do Senhor é reta, e todo o seu proceder é fiel" (v. 4).

TBS... 

Enquanto calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos pelos meus constantes gemidos todo o dia..Confessei-te o meu pecado e a minha iniquidade não mais ocultei.. e tu perdoaste a iniquidade de meu pecado" (Salmo 32. 3, 5).

"Enquanto calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos pelos meus constantes gemidos todo o dia... 

Confessei-te o meu pecado e a minha iniquidade não mais ocultei.. e tu perdoaste a iniquidade de meu pecado" (Salmo 323, 5). 

Algumas pessoas, quando passam por dias difíceis, tem o hábito de resmungar e lançar no ar a pergunta: "Ai, meu Deus, o que eu fiz para merccer isso?" Normalmente, quando alguém fala assim, o faz na intenção de mostrar que é inocente e que está sofrendo algum tipo de injustiça. Talvez tais pessoas não percebam que, ao agir desta forma, estão acusando o único que pode intervir e reverter a situação.

Entretanto, quando feita com a intenção correta, a pergunta acima pode conduzir a uma benção imensa. E que há a possibilidade de nossas tribulações serem providencias de Deus para nos fazer identificar nossos pecados, confessá-los e abandoná-los. Davi, no salmo de nossa devocional de hoje, registra acerca do peso da mão de Deus sobre os que ocultam seus pecados e a bem-aventurança de quem recebe o perdão divino. E a tribulação pode ser uma ação de Deus para nos colocar no caminho certo: "Porque a tua mão pesava sobre mim, o meu vigor se tornou em sequidão de estio (v. 4). Se hoje você está passando por dias de angústia, olhe para seu coração, e procure identificar de forma especifica se esse é o seu caso. Se for, então o salmo traz excelentes notícias. Fique atento. pois, A boa notícia que Davi registra aqui é que, se o pecado oculto traz o peso da mão de Deus, o arrependimento e a confissão trazem o perdão curador dEle. "Bem-aventurado aquele cuja iniquidade é perdoada, cujo pecado é coberto. Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não atribui iniquidade" (v. 1-2). Coloque sua vida na presença de Deus e confesse a ele todas as suas faltas, fazendo assim, com efeito, quando transbordarem muitas águas, não atingirão" (v. 6). Faça sua confissão e acrescente a confiança do salmista: "Tu és o meu esconderijo; tu me preservas da tribulação e me cercas de alegres cantos de livramento" (v. 7).

Mas não é só isso. Lembre-se que o Senhor quer, em última instância, que você viva em sua presença e para o seu louvor. Por isso, ao passar as tribulações, continue seguindo a orientação dEle: "Instruir-te-ei e te ensinarei o caminho que deves seguir; e, sob as minhas vistas, te darei conselho" (v. 8). Muitos são tolos e só buscam a face de Deus quando estão passando pelas tribulações.👉🏿 Depois, vivem como se ele não existisse. Por isso ele traz o alerta do verso seguinte: "Não sejais como o cavalo ou a mula, sem entendimento, os quais com freios e cabrestos são dominados; de outra sorte não te obedecem" (v. 9). 👉🏿Não é melhor obedecer logo a Deus, antes que ele tenha que tomar alguma atitude? Lembre se que ele é misericordioso. "Muito sofrimento terá de curtir o impio, mas o que confia no Senhor, a misericórdia o assistira (v.10). Louve a Deus nesse dia, até mesmo pelas suas tribulações, porque elas o levarão para junto de Deus. 

TBS... 

"Compadece - te de mim, Senhor, porque me sinto atribulado; de Tristeza os meus olhos se consomem, e a minha alma e o meu corpo" (Salmo 31.9).

"Compadece - te de mim, Senhor, porque me sinto atribulado; de Tristeza os meus olhos se consomem, e a minha alma e o meu corpo" (Salmo 31.9). 

Doenças psicossomáticas são aquelas geradas como efeitos de fatores sociais e psicológicos sobre processos orgânicos do corpo e sobre o nosso bem-estar. Sabemos que uma pessoa que vive sob pressão psicológica continua desenvolve enfermidades fisicas como resposta do seu organismo a esse estresse. O termo técnico é recente, mas a reação orgânica é a mesma desde a criação. No texto de nossa devocional de hoje, Davi fala exatamente sobre isso, e também da atitude correta que devemos ter diante desta situação.

👉🏿O Salmista mostra os efeitos gradativos das tribulações sobre nós, começando pela tristeza dos olhos, passando pela alma e chegando ao corpo. 👉🏿Primeiramente, ele mostra que as tribulações podem tirar nossa alegria de viver. A ideia expressa pela expressão "de tristeza os meus olhos se consomem é a da retroalimentação: uma tristeza que traz outra, e assim suces sivamente. Ele explica isso de novo no v. 10 ("gasta-se a minha vida na tristeza, e os meus anos, em gemidos;" mostrando que não se tratava de uma crise passageira, mas de uma que insistia há anos. Em seguida, Davi expressa que não só os seus olhos, mas também sua alma se consome. Está presente aqui a ideia da angústia que toma conta do coração e da mente, constituindo aqueles momentos em que não temos nenhuma perspectiva de melhora no futuro. Quando a tristeza atinge nossa alma, ela tira de nós a esperança, que é a primeira força que nos impulsiona para a vitória, dificultando nossa reação. Finalmente, Davi conclui que a tristeza não consumia somente seus olhos e sua alma, mas também o seu corpo.👉🏿 A enfermidade da alma se manifesta externamente por meio da enfermidade física. Ele mesmo mostra essa verdade no salmo seguinte: "Enquanto calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos pelos meus constantes gemidos de todo o dia" (Salmo 32.3). O peso psicológico de guardar um pecado, de ficar sozinho acobertando os próprios erros, é uma carga terrível que acaba com nossa saúde.

👉🏿 A solução para isso está presente no texto.

👉🏿 Primeiro, abra seu coração para receber o amor e o perdão de Deus. Faça como Davi, colocando tudo na presença de Deus e clamando pela sua intervenção: "Compadece-te de mim, Senhor" (31.9),

"Confessei-te o meu pecado e a minha iniquidade não mais ocultei" (32.5). Essa ação tirará o peso de sua alma, como Pedro mostra na sua carta: "lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós' (1 Pedro 5.7). Tendo feito isso, combata a tristeza de seus olhos reafirmando sua confiança no Senhor: "Quanto a mim, confio em ti, Senhor. Eu disse: tu és o meu Deus (14). Relembre para seu coração que Deus é fiel e que em breve você estará cantando louvores a ele, livre de suas tribulações.

Se porventura no começo desse processo você não conseguir ter a percepção de que Deus está presente, reafirme sua fé como fez o salmista: "Eu disse na minha pressa: estou excluido da tua presença. Não obstante, ouviste a minha voz, quando clamei por socorro" (v. 22). 

TBS... 

"Senhor, meu Deus, clamei a ti por socorro, e tu me saraste. Senhor, da corva fizeste subir a minha alma; preservaste-me a vida para que não descesse à sepultura... Ao anoitecer, pode vir o choro, mas a alegria vem pela manhã" (Salmo 30.2-3, 5).

"Senhor, meu Deus, clamei a ti por socorro, e tu me saraste. Senhor, da corva fizeste subir a minha alma; preservaste-me a vida para que não descesse à sepultura... Ao anoitecer, pode vir o choro, mas a alegria vem pela manhã" (Salmo 30.2-3, 5). 

'Nenhum vale é profundo demais'. Esse é o título de um antigo livro que expressa a realidade de que Deus é maior do que nossas crises. Na realidade, o nosso Senhor tem poder até para reverter situações que, para nós, já estavam completamente perdidas. Seja uma empresa falida, um casamento fracassado, um filho rebelde, uma enfermidade incurável pela medicina ou uma angustia interna cuja origem desconhecemos. Nada disso é definitivo para o nosso Deus. Davi sabia disso e escreveu o salmo que estamos estudando, expressando a realidade que ele estava vivendo, que também pode ser a minha ou a sua realidade.

O Salmista inicia deixando claro que ele não estava isento de passar por crises, mesmo sendo alguém temente a Deus. Na verdade, os termos que ele usa demonstram que suas crises eram bem intensas e fortes. Ele diz, no verso 3, que o Senhor fez "subir da cova a minha alma e que o preservou a vida para que não descesse à sepultura". Essa forma de falar expressa uma experiência muito marcante e difícil, que talvez identifique também as lutas que você tem enfrentado hoje ou, pelo menos, graciosamente. Davi, então, reconhece que bastou o Senhor deixar de olhar um pouquinho para ele e a tribulação veio.

👉🏿 Neste ponto, ele admitiu que pela graça é que Deus o estava sustentando o tempo todo. Sará isso o que está acontecendo com você nesse período de tribulação? Está na hora de se humilhar na presença do Senhor.

Se você reconhece que a tribulação tem como objetivo quebrantá - lo na presença de Deus, então faça como o salmista:

"Por ti, Senhor, clamei, ao Senhor implorei" (v8). Volte para o Senhor, clamando e implorando pelo Seu agir em sua vida.

👉🏿 Quando alguém clama e implora, está abrindo mão da soberba e altivez. Está reconhecendo que sem Deus não é nada, e que dEle vem todas as coisas.

Se você caiu em tribulação, tristeza e luto, então busque ao Deus de Davi. Certamente ele agirá em seu favor e mudará a sua sorte. "Converteste o meu pranto em folguedos; tiraste o meu pano de saco e me cingiste de alegria" (v. 11). Deus é poderoso para mudar toda a sua realidade de forma maravilhosa. Creia nEle, se entregue a ele e deixe-o cuidar de voce. E, desde já, você pode ensaiar os cânticos de gratidão, porque para isso é que ele te socorre: "para que o meu espírito te cante louvores e não se cale.

👉🏿 Senhor, Deus meu, graças te darei para sempre (v. 12).

TBS... 

"Pois no dia da adversidade, ele me ocultará no seu pavilhão; no recôndito do seu tabernáculo, me acolherá; elevar-me-á sobre uma rocha" (Salmo 27.5).

"Pois no dia da adversidade, ele me ocultará no seu pavilhão; no recôndito do seu tabernáculo, me acolherá; elevar-me-á sobre uma rocha" (Salmo 27.5). 

Quando passamos por angústias de alma, temos a sensação de estarmos desprotegidos e vulneráveis. Parece que a adversidade nos atingirá a qualquer momento, e que não há como escaparmos das crises. Essa impressão deixa-nos mais apreensivos ainda, acrescentando mais problemas ao nosso coração. Algumas pessoas entram em pânico diante desse sentimento, mas, na devocional de hoje, quero compartilhar acerca de como Davi lidou com isso.

A razão pela qual aquele salmista não entrava em pânico nas possíveis crises que pudesse enfrentar está no fato de que ele sabia sobre a sua segurança: naqueles momentos dificeis, o Senhor sempre seria um braço forte a proteger-lhe. A ideia de ocultar no seu pavilhão" é a de que Deus o passaria para trás de si e ficaria à frente para enfrentar os inimigos. Ou seja, quem enfrenta nossos inimigos é o nosso Senhor, que nos protege a ponto de nos ocultar das forças hostis. Hoje, você pode ter essa confiança de se entregar sob os cuidados de seu Deus e saber que ali há segurança. Ele vai, como disse Davi, "te elevar sobre uma rocha a sua vida e colocá-la em local inalcançável para seus inimigos. Mas há ainda duas ações que precisam ser consideradas nesse texto.

👉🏿 A primeira ação diz respeito à nossa intimidade com o Senhor. Precisamos nos sentir seguros de modo que tenhamos ânimo para lutar contra nossas crises, uma vez que o sentimento de desamparo nos prejudica. Davi mostra que o Senhor nos acolherá "no recôndito do seu tabernáculo", expressando a ideia de interior, de intimidade, de estar no lugar mais intimo do tabernáculo. É ali que Deus acolhe e guarda o meu e o seu coração.

Por isso, aproxime-se do Senhor e entre em sua presença com confiança. Ele é o seu Pai Celestial. Isso também nos fortalece a alma, por saber que ele não nos despreza nem nos desampara. O próprio Davi mostra isso de forma enfática: "Porque, se meu pai e minha mãe me desampararem, o Senhor me acolherá" (v. 10).

👉🏿 É isso: o Senhor está de braços abertos para acolher, não de forma superficial, mas no "recôndito do seu tabernáculo".

👉🏿 A outra ação que o texto destaca é a busca do Senhor em todos os momentos de nossa vida, não só nos difíceis.

👉🏿 Olhe o empenho daquele salmista: "Uma coisa peço ao Senhor, e a buscarei: que possa morar na Casa do Senhor todos os dias da minha vida, para contemplar a beleza do Senhor e meditar no seu templo" (v.4). Viva todos os dias de sua vida na presença do Senhor, pois, desta maneira, ele já estará ao seu lado nos momentos difíceis.

👉🏿 Meditar no templo do Senhor é importantíssimo; é ali que aprendemos de sua grandeza e de seu poder. Assim fazendo, novamente recebemos dele a exortação confortante do final deste salmo: "Espera pelo Senhor, tem bom ânimo, e fortifique-se o teu coração; espera, pois, pelo Senhor" (v. 14).

TBS... 

"O Senhor é a minha luz e a minha salvação; de quem terei medo? O Senhor é a fortaleza da minha vida; a quem temerei?. Ainda que um exército se acampe contra mim, não se atemorizará o meu coração; e, se estourar contra mim a guerra, ainda assim terei confiança"(Salmo 27.1, 3).

"O Senhor é a minha luz e a minha salvação; de quem terei medo? O Senhor é a fortaleza da minha vida; a quem temerei?. Ainda que um exército se acampe contra mim, não se atemorizará o meu coração; e, se estourar contra mim a guerra, ainda assim terei confiança"(Salmo 27.1, 3). 

E difícil manter a paz interior quando estamos enfrentando adversidades. Se você vai ao médico para receber o diagnóstico de uma possível enfermidade, é normal ter o coração apreensivo e ansioso. Se for conversar com seu chefe no trabalho sabendo que ele poderá comunicar a sua demissão, o mesmo acontece. E há uma gama de situações que tiram nosso sossego de alma. 

👉🏿Hoje, vamos aprender com Davi a postura correta que devemos ter em relação a essas situações temerárias.

👉🏿 👉🏿O segredo para administrar bem as emoções nesses momentos é colocar o foco de suas atenções não nos problemas, mas em seu Senhor. Não importa a dimensão da crise ou tribulação que você tenha que enfrentar hoje, olhe para o seu Senhor. Era esse o segredo de Davi: ele olhava para Deus e sabia que jamais enfrentaria qualquer problema que pudesse superar o poder do Criador. Para mostrar isso, Davi procura a pior situação de crise que ele poderia imaginar, e conclui que o cenário ideal seria o de uma guerra, com a presença do exército inimigo. Ele usa essa ilustração porque, como um homem de guerra, sabia perfeitamente a crueldade e a violência extrema nas linhas de frente deste quadro. Ele diz: "Ainda que um exército se acampe contra mim, não se atemorizará o meu coração" (v. 3). Pense nisso: o exército inimigo chega, cerca a cidade, vai organizando as fileiras de soldados, mostrando as armas de guerra, tocando trombetas, fazendo exercícios e movimentos suspeitos, podendo atacar a qualquer momento. Como não ter temor nessa hora? Davi diz: "O Senhor é a fortaleza de minha vida! Ora, nossa situação é a mesma. Provavelmente, você está lendo esta devocional e, em seu coração, vem o sentimento claro de estar numa situação semelhante, sabendo que forças hostis estão mobilizando-se contra você em alguma área de sua vida, e que, a qualquer momento, poderão dar o golpe fatal.

Mas, como o salmista, olhe para o Senhor. Ele é a sua luz e a sua salvação; ele é a fortaleza de sua vida. E ainda que a batalha já tenha se estabelecido, lembre-se da ação de Deus: "Quando malfeitores me sobrevém para me destruir, meus opressores e inimigos, eles é que tropeçam e caem (v. 2). Isso acontece por causa da boa mão de Deus protegendo sua vida. Olhe para ele com confiança e fé, e espere dEle o socorro que certamente virá.

Neste dia, caso seu coração esteja apreensivo e angustiado, derrame-se nas mãos de Deus, e olhe fixamente para ele, que é maior do que seus problemas. "Espera pelo Senhor, tem bom ânimo, e fortifique-se o teu coração; espera, pois, pelo Senhor" (v. 14).

TBS...

"Volta-te para mim e tem compaixão, porque estou sozinho e aflito. Alivia-me as tribulações do coração; tira-me das minhas angustias. Considera as minhas aflições e o meu sofrimento e perdoa todos os meus pecados" (Salmo 25.16-18).

"Volta-te para mim e tem compaixão, porque estou sozinho e aflito. Alivia-me as tribulações do coração; tira-me das minhas angustias. Considera as minbas aflições e o meu sofrimento e perdoa todos os meus pecados" (Salmo 25.16-18). 

A solidão é hoje uma das maiores fontes de angústia para nossa alma. Não apenas o isolamento fisico, mas, de uma forma muito mais agressiva, a solidão em meio à multidão.

Esta se dá quando estamos entre nossos familiares e amigos, mas com um imenso vazio no coração e a alma árida. Parece que a alegria com nossos queridos já não tem mais razão de ser.

Em função de nossa aflição, até a presença de Deus já não é tão perceptível como nos dias de outrora. Davi passou por esse tipo de angústia da alma, e clamou para que Deus se voltasse para ele. Não que o Eterno o tivesse abandonado, mas Davi já não sentia a Sua presença. Por isso ele registra a oração do v. 1:

"volta-te para mim e tem compaixão".

👉🏿 Muitas pessoas tentam lidar com essa tristeza de alma negando a sua realidade e usando de artifícios para encobertá-la.

👉🏿 Apelam para bebidas, festas, entretenimentos e coisas similarres. Mas esse não é um caminho eficiente. Para lidar com esses momentos, coloque-se na presença do Pai Celestial, abrindo seu coração e admitindo sua angústia de alma. Foi o que Davi fez: "estou sozinho e aflito. Alivia-me as tribulações do coração; tira-me

das minhas angustias". A honestidade diante daquele que sonda os nossos corações faz com que tenhamos uma maior intimidade com nosso Senhor, e essa intimidade é que nos conduzirá para fora de nossos problemas. Além disso, aumentando a intimidade com o Senhor, conhecemos a sua vontade. E como Davi expressa: "A intimidade do Senhor é para os que o temem, aos quais ele dará a conhecer a sua aliansa" (v. 14).

 Mas há outra ação de que precisamos nesses momentos: 👉🏿relembrar as promessas e a fidelidade de Deus. Davi faz isso constantemente nesta oração que estamos estudando. Lembre se de que quem espera em Deus não será envergonhado (v3); de que o Senhor é o Deus de nossa salvação, em quem esperamos durante o dia todo (v. 5); de que Deus olha para nós não segundo nossos pecados, mas segundo sua muita misericórdia e bondade (v.7); de que ele é bom e reto, e que nos guia pelo caminho (v. 8, 12); de que ele guarda nossa alma e dá refúgio seguro (v. 20). São essas as afirmações que devemos fazer ao nosso coração nos dias difíceis, porque, independente do momento que estamos enfrentando, o Senhor continua sendo o que ele sempre foi. 

👉🏿 Finalmente, reafirme suas fraquezas e pecados. Mas não faça isso para entrar em desespero; faça para receber do Senhor o bálsamo de Sua presença. Coloque diante dEle suas iniquidades e ore pelo perdão do Senhor. Lembre-se: Deus faz isso porque ele nos chama como seu povo. Por causa do Seu nome é que olha para nós e nos perdoa. Essa é a oração de Davi no verso 11. Dessa forma, quando a aflição assaltar seu coração, faça como Davi: "A ti, Senhor, elevo a minha alma" (v. 1). 

👉🏿Confie nEle e em breve os dias de aflição farão parte do passado.

TBS...📚

"Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo; o teu bordão e o teu cajado me consolam" (Salmo 23.4).

"Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo; o teu bordão e o teu cajado me consolam" (Salmo 23.4). 

Não poucas vezes, nosso coração pode questionar o fato de termos que passar por crises e angústias, mesmo tendo o Senhor como nosso pastor. Mas Davi não tinha essa dúvida, porque teve o pastoreio como profissão. Ele sabia que, para levar suas ovelhas para pastos mais verdejantes, ele tinha que conduzi-las por caminhos pedregosos e perigosos. Certamente, as ovelhas não podiam entender esse ato do pastor, mas elas obedeciam. E foi essa a figura de linguagem que Davi usou no salmo 23 para falar de Deus e de si mesmo. Se você hoje está passando por aflição e tem sido tentado a questionar as ações e o cuidado de Deus, aprenda com Davi a superar essa situação.

👉🏿Primeiramente, tenha uma visão equilibrada e correta de Deus (v. 1). Ele não é apenas o pastor, mas é Senhor. Ele tem autoridade e poder para nos conduzir, guiar e proteger. Na sua soberania, ele continuará a tomar as melhores decisões sobre a nossa vida, mesmo que seja nos dirigir pelo vale da sombra da morte e nos colocar na presença de nossos adversários. Confie no seu pastor celestial, e deixe que ele conduza sua vida.

👉🏿 Depois, Davi relembra que o Senhor é, de fato, o pastor de sua vida. Assim como o pastor conhece as características de suas ovelhas, o Senhor conhece nossas fraquezas. As ovelhas têm uma visão muito curta, não conseguem enxergar longe e perdem-se muito fácil; nós também temos dificuldade para enxergar o futuro e somos completamente dependentes da orientação de nosso Senhor. Ovelhas têm pernas curtas e lã espessa, razão pela qual precisam de águas tranquilas, pois, se caírem na correnteza, não conseguem vencer a força da água que encharca sua lã; nós também temos a mesma fragilidade diante das águas turbulentas que assolam nossa vida em determinadas épocas. E, assim como as ovelhas precisam de refrigério por ter lã espessa em um clima muito quente, também nossa alma carece de refrigério diante das lutas que constantemente enfrentamos. Nosso pastor conhece todas as nossas características e necessidades e, no tempo certo, providencia tudo de que precisamos.

👉🏿 Finalmente, para lidar com o "vale da sombra da morte", Davi ensina que você precisa submeter-se ao pastoreio do Senhor. Ele não diz que o Senhor "será" o pastor, mas que ele "é" o seu pastor. Faça como o salmista: aceite hoje o pastoreio do Senhor. Aceite seu suprimento e sua direção. Lembre-se de que existe uma razão para poder estar tranquilo ao passar pelo vale da sombra da morte: a convicção de que tu estás comigo" (v.4). 

👉🏿Ele é um pastor presente que não lhe abandona.

👉🏿 Está cansado? Ele faz você repousar em águas de descanso.

👉🏿 Está sentindo aflição na alma? Ele dá refrigério. 👉🏿Está sem orientação sobre as decisões que deve tomar? Ele guia pelos caminhos certos. Assim, tenha a mesma convicção de Davi neste salmo: sua vida estará sempre na presença de seu pastor celestial (habitarei na Casa do Senhor para todo o sempre". v. 6).

TBS... 

"Pois nao desprezou, nem abominou a dor do aflito, nem ocultou dele o roto, mas o ouviu, quando lhe gritou por socorro"(Salmo 22.24).

"Pois nao desprezou, nem abominou a dor do aflito, nem ocultou dele o roto, mas o ouviu, quando lhe gritou por socorro"

(Salmo 22.24). 

Neste salmo messiânico, Davi, inspirado pelo Espírito Santo, traz um conforto ao nosso coração em dias de angústia. O sentimento expresso por ele é o mesmo que, também, pode nos assaltar: o de que Deus nos desamparou e não está preocupado com nossa situação, Ele apresenta uma argumentação de tristeza que, futuramente, foi também experimentada por Jesus, "Deus meu, Deus meu, por que me desamparasle?" (v. 1). Mesmo com tal argumentação diante do Senhor, Davi chegou a conclusões maravilhosas que apascentam nosso coração nas horas difíceis.

Precisamos ter a confiança de Davi, que, mesmo com esse sentimento de abandono, não abriu mão de sua fé e de sua relação de filho com o Pai Celestial; ele continua chamando o de "Deus meu." Lembre-se de que, nas horas de crise, Deus continua sendo o "seu Deus", e ele continua tendo o controle total da situação, Nos momentos de angústia, reafirme sua fé e seu relacionamento com o Pai Celestial, apresentando diante dEle todas as queixas e dores de seu coração.

Davi nos mostra a razão pela qual precisamos derramar, constantemente, nosso coração diante de Deus: "Pois não

desprezou, nem abominou a dor do aflito, nem ocultou dele o rosto, mas o ouviu, quando lhe gritou por socorro" (v. 24). É possível perceber o contraste entre este versículo e o primeiro onde ele reclama de que Deus o abandonou. Na verdade, o questionamento acerca do sentimento de abandono que por vezes nos assola nos momentos de angústia precisa ser colocado no lugar certo.

Deus nunca nos abandona e está sempre presente para cuidar de nós, mesmo que não tenhamos essa percepção em nosso cotidiano.

Se atualmente você está passando por momentos de angústia, reafirme esse versículo para o seu coração e continue clamando pelo socorro de Deus. Ele não despreza sua dor e aflição. Pelo contrário, ele ouve suas orações e seus gemidos, porque ele também passou por situações semelhantes. "Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas. Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono de graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna (Hebreus 4.15,16).

Outra atitude que você precisa ter é a de convencer-se continuamente de Deus está acompanhando sua trajetória de vida. Essa é a ideia expressa no termo "nem ocultou dele o rosto", e esta ideia tem grande importância diante do sentimento que pode assaltar seu coração: de que Deus está ausente ou olhando para outro lado. O seu Deus está sabendo de tudo que se passa em sua vida. Abra seu coração para confessar tudo a ele e confença-se de que Deus conhece todas as suas intenções intimas, bem como suas dores. Em breve, você testemunhará que a boa mão de Deus joga suas angústias para o passado.

TBS...

"Uns confiam em carros, outros, em cavalos: nós, porém, nos gloriaremos em o nome do Senhor, nosso Deus" (Salmo 20.7).

"Uns confiam em carros, outros, em cavalos: nós, porém, nos gloriaremos em o nome do Senhor, nosso Deus" (Salmo 20.7). 

Este salmo é uma oração a favor do rei, escrito pelo próprio rei Davi, inspirado pelo Espírito Santo. O começo da oração já traz o que nosso coração tanto anseia: "O Senhor te responda no dia da tribulação" (v. 1). Essa petição parte do pressuposto de que dias de tribulação são dias de oração.

A primeira atitude nessas horas é a busca da ação de Deus, mediante a vida de oração. Temos, aqui, algumas implicações que afetam nossa vida.

👉🏿 Primeira implicação: buscar a Deus não é sinônimo de ausência de tribulação. Jamais questione o fato de que, mesmo quando se é fiel a Deus, ele permite tribulações. Na verdade, nosso Senhor tem propósitos e "caminhos mais altos que os nossos caminhos", usando a linguagem de Isaias 55. Isso, ao invés de nos desanimar, deve ser motivo de renovação de nossa esperança.

Se Deus tem um propósito, cremos que, ao se cumprir esse propósito, a crise cessará.

👉🏿 Segunda implicação: apesar de permitir as crises, Deus está disposto a ouvir e a responder nossa oração. Ele não nos abandona nos momentos difíceis, mas está presente para nos ensinar e nos refrigerar a alma nos momentos de aflição. "Eis que a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem surdo o seu ouvido, para não poder ouvir" (Isaias 59.1). Nessas horas, é preciso que você busque a Deus em santidade e ele, certamente, interferirá em suas lutas.

Mas não apenas isso: Davi também expressa sua confissão de fé. Ele afirma que "uns confiam em carros, outros, em cavalos; nós, porém, nos gloriaremos em o nome do Senhor, nosso Deus" (v.7). Aqui está o grande segredo da vitória. Os carros e cavalos, naquela época, eram a força maior dos exércitos e representavam a proteção maior que se poderia imaginar. Trazendo para o contexto de hoje, é preciso que nossa confiança esteja inteiramente no Senhor, e não na força humana. Isso se aplica a diversos contextos que possam gerar angústias. Se você enfrenta lutas com enfermidades, por mais avançada que seja a medicina, deposite sua confiança na ação de Deus por meio da ação de remédios e médicos (ou mesmo de uma intervenção direta). Se sua angústia vem de problemas financeiros, olhe para seu Senhor, que é "dono da prata e do ouro"; mesmo que o banco oferece crédito ou outra solução possa aparecer, só aceite com a convicção de que isso é providência de Deus.

É bom lembrar que, quando confiamos em nossa inteligência ou capacidade de administrar nossos problemas, na verdade estamos contrariando essa declaração de fé e dependência de Deus. Por isso, neste dia, reafirme sua conviccão de que seu Salvador cuida de você e está disponível para ouvir sua oração e interferir na sua história com as preciosas bêncãos dos céus.

TBS... 

"Na minha angústia, invoquei o Senhor, gritei por socorro ao meu Deus, Ele do seu templo ouviu a minha voz, e o meu clamor lhe penetrou os ouvidos" (Salmo 18.6).

"Na minha angústia, invoquei o Senhor, gritei por socorro ao meu Deus, Ele do seu templo ouviu a minha voz, e o meu clamor lhe penetrou os ouvidos" (Salmo 18.6).

Davi escreveu este Salmo quando já estava velho e desfrutar de um período de tranquilidade em sua vida (2Samuel 22). Ao falar sobre sua experiência com Deus, ele é usado pelo Espírito Santo para oferecer a orientação sobre o que devemos fazer nos momentos de angústia. O fato de que ele estava escrevendo após ser libertado de suas tribulações estimula-nos a seguir seu exemplo, pois ele fala de algo que foi testado e aprovado por ele mesmo.

👉Davi expressou sua situação de uma forma enfática, parecida com nossa experiência de vida: "Laços de morte me cercaram, torrentes de impiedade me impuseram terror: Cadeias infernais me cingiram, e tramas de morte me surpreenderam (v. 5-6). Mesmo que isso possa não ser literal, muitas pessoas hoje escrevem a mesma coisa se tivessem que expressar seus sentimentos. Os momentos de angústia levam-nos a ter essa sensação sufocante nas horas difíceis, e não nos são estranhas as ideias de laços de morte, torrentes de impiedade, terror, cadeias infernais e tramas de morte. Você tem se sentido assim em alguns momentos?💭

👉Então preste atenção na ação de Davi.

- Em primeiro lugar, aprenda com ele a exercer a sua fé com convicção. Mesmo quando quase jogado no abismo da morte, ele ergueu seu coração ao céu em oração. Por mais forte que esteja sua crise, não permita que ela o impeça de orar e apresentar suas petições na presença de Deus. A solução vem como resposta à sua oração.

- Em segundo lugar, lembre-se de que nesses momentos de angústia a oração deve ser proporcional à necessidade de intervenção divina. Davi mostra isso ao registrar que não apenas "invocou" o Senhor, mas também "gritou por socorro". É hora de intensificar sua busca da presença de Deus, de uma forma ampla e com mais solicitude do que antes de enfrentar as crises. Na verdade, Deus mostra, na história de seu povo, que um de seus propósitos ao permitir a crise é exatamente o de trazer de volta aqueles que foram se afastando de sua comunhão.

- Em terceiro lugar, siga o exemplo de Davi, identificando seu Senhor como "meu Deus". Ele se distingue daqueles que, quando movidos pela necessidade, invocam a Divina Majestade com modos confusos e tumultuosos, mas que não se achegam a Deus de forma familiar e com coração puro, visto que nada sabem de seu favor e munificência paternais' (...).

A conclusão é que, quando Davi se viu cercado pelos inimigos, Deus estendeu para ele o socorro dos céus. De igual forma, confia no Senhor e busque intensamente sua presença.

O socorro dos céus certamente virá sobre sua vida.

Tbs...

"Até quando, Senhor? Esquecer-te-ás de mim para sempre?Até quando ocultas de mim o rosto?Até quando estarei en relutando dentro em minha alma, com tristeza no coração cada dia?" (Salmo 13.1-2).

"Até quando, Senhor? Esquecer-te-ás de mim para sempre?

Até quando ocultas de mim o rosto?

Até quando estarei en relutando dentro em minha alma, com tristeza no coração cada dia?" (Salmo 13.1-2).

Nestes dois versiculos, o salmista apresenta diante de Deus quatro perguntas cruciais quando passamos por dias de angustia. Uma das principais perguntas que assolam nosso coração é exatamente esta: "Até quando, Senhor?". Com nossa aflição, geralmente perdemos a expectativa de solução rápida e, ao esperar no Senhor, podemos questioná-lo acerca do tempo de ação dEle. Na verdade, algumas pessoas pensam que tais questionamentos são ofensivos a Deus e impróprios para serem feitos. Mas não é bem assim.

Apesar das perguntas parecerem ofensivas e com um tom de cobrança da ação divina, o próprio fato de elas estarem sendo feitas mostram que o coração ainda tem esperança na ação do Senhor. O título do salmo foi estabelecido pelo tradutor como sendo uma "Oração de Fé", e ele expressa a realidade de Davi. Quando você questiona a Deus, você está fazendo isso em oração. Pior seria se escondessem esse questionamento em nosso coração e nem buscássemos a ele em oração.

Além disso, é preciso aprender com Davi a entender nossa situação nos momentos de angústia. A sensação dele é a mesma que sentimos em nossas experiências difíceis. Parece que Deus não está agindo. Parece que ele se esqueceu de nós.

Parece que ele, intencionalmente, esconde o seu rosto em lugar de olhar para nossa aflição. Todos os dias relutamos em nossa alma, e a cada dia temos o coração cheio de tristezas. E, quanto mais tempo isso dura, mais nossa angústia se intensifica. Nesse contexto é que depositamos diante do Senhor o grito de nosso coração: "Até quando, Senhor?".

👉Mas a solução está implícita no problema. Não só o fato de que nossa oração, mesmo com este teor, é uma busca da presença de Deus, mas também o fato de que a luta interior é um bom sinal. E sinal de que ainda não entregamos os pontos, de ainda confiamos em Deus, de ainda temos esperança para o futuro com expectativa

Por isso, não perca a esperança neste dia de aflição. Pelo contrário, seguindo o exemplo de Davi nos dois últimos versículos deste salmo, reafirme sua dependência de Deus e confie na sua graça. Seu coração pode se regozijar no Senhor porque ele é a sua salvação. Até mesmo a tristeza pode ser substituída pela adoração quando reafirmamos nossa confiança na ação de Deus. Com certeza, ao agir assim, seu Senhor concederá uma nova expectativa de solução para todos os problemas que podem trazer a angústia, E, quando você menos esperar, poderá perceber que, gradativamente, a solução vai permeando as crises. Confie no Senhor.

Tbs...