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quarta-feira, 24 de junho de 2020

"Escuta, ó Deus, a minha oração, dá ouvidos às palavras da minha boca. Pois contra mim se levantam os insolentes, e os violentos procuram tirar-me a vida; não têm Deus diante de si. Eis que Deus é o meu ajudador, o Senhor é quem me sustenta a vida" (Salmo 54.2-4).

"Escuta, ó Deus, a minha oração, dá ouvidos às palavras da minha boca. Pois contra mim se levantam os insolentes, e os violentos procuram tirar-me a vida; não têm Deus diante de si. Eis que Deus é o meu ajudador, o Senhor é quem me sustenta a vida" (Salmo 54.2-4). 

Nos dias de angústias, todos nós precisamos de uma pedra de escape. Pedra de escape é uma saída com a qual não contávamos, e, no último instante, ela aparece e traz um grande alívio às nossas tribulações. Pode até não ser uma solução definitiva, mas é uma providência de Deus para nos livrar de uma enrascada e amenizar nossas angústias. Quando Davi escreveu este Salmo, ele havia passado por uma experiência na qual Deus havia enviado-lhe uma pedra de escape.

A história por trás deste Salmo está registrada em 1 Samuel 23.19-29. Davi, juntamente com seus homens, estava fugindo do rei Saul quando foi traído pelos zifeus. Em razão dessa traição, Davi foi cercado pelo exército de Saul, de forma que não havia mais para onde escapar. Entretanto, dentro dos projetos de Deus, não era para o jovem pastor de ovelhas ser preso e, por isso, Deus providenciou que os filisteus invadissem a terra. "Pelo que Saul desistiu de perseguir a Davi e se foi contra os filisteus. Por esta razão, aquele lugar se chamou Pedra de Escape" (1 Samuel 23.28).

Porventura hoje, em seus dias de angústias, você está precisando de uma pedra de escape? Voltemos, então, ao Salmo 54. Davi, estando em grandes apuros naquele contexto, dá o exemplo que devemos seguir diante de nossas tribulações e declara sua confiança irrestrita no sustento de Deus: "Eis que Deus é o meu ajudador, o Senhor é quem me sustenta a vida (v.4). Imagine falar isso estando completamente cercado pelo exército inimigo, sem visualizar nenhuma saída! Tem sido essa sua experiência? Então não se desespere. Afirme com convicção para seu próprio coração que o Senhor é quem lhe sustenta, mesmo que você não consiga ver nenhuma possível saída das suas tribulações. Mesmo que não tenha chegado o tempo de ele livrar você completamente das suas angústias, confie em que ele providenciará uma pedra de escape para o livramento da batalha atual que você enfrenta.

E possível que, enquanto Davi estava sendo traído pelos zifeus e Saul estava planejando a perseguição a ele, Deus estivesse levantando o exército dos filisteus para atacar a Israel, no exato momento em que Davi estivesse cercado. Lembre se disso sempre: Deus nunca é pego de surpresa pelas nossas tribulações. Enquanto você está lendo esta devocional, ele estará agindo em alguma circunstância para abençoar a sua vida e, dentro em breve, esse livramento chegara.

Por isso, desde já você pode agradecer e louvar ao Senhor como fez o salmista: "louvarei o teu nome, ó Senhor, porque é bom. Pois me livrou de todas as tribulações" (v. 6-7).

TBS... 

terça-feira, 16 de junho de 2020

"Oferece a Deus sacrifício de ações de graças e cumpre os teus votos com o Altissimo: invoca-me no dia da angústia; eu te livrarei, tu me glorificarás." (Salmo 50.14-15).

"Oferece a Deus sacrifício de ações de graças e cumpre os teus votos com o Altissimo: invoca-me no dia da angústia; eu te livrarei, tu me glorificarás." (Salmo 50.14-15). 

Frequentemente, converso com pessoas que buscam a Deus apenas no momento da aflição. Em vindo um refrigério e um alívio na angústia, voltam a viver como se Deus não existisse. É possível que, por causa disso, o Senhor permita que venha nova tribulação, a fim de fazê-los andar nos seus caminhos. Por isso, neste dia, olhe com honestidade para seu coração e, ao final dessa meditação, veja se você precisa tomar decisões mudem a história de sua vida.

O texto que estudamos hoje é um salmo que fala da essência do culto a Deus. Entretanto, nessa visão pastoral sobre dias de angústias, quero desafiar você a analisar seu coração e receber do Senhor não somente a aprovação em sua adoração como também a solução para suas tribulações. Inicialmente, lembremos duas verdades básicas: a primeira é que não há nada que possamos oferecer a Deus que não venha dEle mesmo.

O próprio Deus ressalta essa verdade: "Pois são meus todos os animais do bosque e as alimárias aos militares sobre as montanhas...
se eu tivesse fome, não to diria, pois o mundo é meu e tudo quanto nEle se contém" (v. 10, 12). A segunda verdade é que Deus rejeita aquele que o busca com os lábios, mas o desonra com a vida: "Mas ao ímpio diz Deus: De que te serve repetires os meus preceitos e teres nos lábios a minha aliança, uma vez que aborreces a disciplina e rejeitas as minhas palavras? (v. 16-17). E, para que ninguém se esconda na hipocrisia de dizer que não faz desse jeito, Deus ilustra como isso acontece: "Se vés um ladrão, tu te comprazes nEle e aos adúlteros te associas. Soltas a tua boca para o mal, e a tua lingua trama enganos. Sentas-te para falar contra teu irmão e difamar o filho de tua mãe. Tens feito estas coisas, e eu me calei; pensavas que eu era teu igual" (v. 18-21).

O resumo, então, é que a fé e a vida são os dois lados de uma mesma moeda.

Diante disso, o que Deus requer de nós são duas coisas ligadas a essas duas verdades: que tenhamos um coração grato pelo seu cuidado paternal, e que o honremos em nossa vida cumprindo nosso compromisso de fidelidade com ele. "Oferece a Deus sacrificio de ações de graças e cumpre os teus votos para com o Altissimo" (v. 14). As mesmas duas verdades estão relacionadas na conclusão do salmo: "O que me oferece sacrificio de ações de graças, esse me glorificará; e ao que prepara o seu caminho, dar-lhe-ei que veja a salvação de Deus (v. 23).

Fazendo essas duas coisas em nossa vida diariamente, quando o dia da angústia chegar, nosso Senhor promete o socorro de que tanto precisaremos: "invoca-me no dia da angustia; eu te livrarei, e tu me glorificaras" (v. 15). "Por meio de Jesus, pois, ofereçamos a Deus, sempre, sacrificio de louvor, que é o fruto de lábios que confessam o seu nome" (Hebreus 13.15). 

domingo, 14 de junho de 2020

"Deus é nosso refugio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações...Ele põe termo à guerra até aos confins do mundo, quebra o arco e despedaça a lança; queima os carros no fogo. Aquietai-vos sabei que eu sou Deus;" (Salmo 46.1, 9-10)

"Deus é nosso refugio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações...Ele põe termo à guerra até aos confins do mundo, quebra o arco e despedaça a lança; queima os carros no fogo. Aquietai-vos sabei que eu sou Deus;" (Salmo 46.1, 9-10)

Quando enfrentamos nossas guerras e as lutas pessoais, o desespero leva-nos a ficar agitados de um lado para o outro, com grande aflição no coração. Essa experiência é comum a todos os mortais, e se constitui numa reação natural de nossa mente. Entretanto, os filhos de Coré, ao escrever este salmo, trazem-nos uma nova perspectiva de enfrentamento das crises.

Se você está aflito e angustiado por causa de seus problemas, aprenda com este salmo a ter uma nova perspectiva nas lutas.

O texto começa com uma declaração de confiança no cuidado de Deus: "Deus é o nosso socorro e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações " (v. 1). A presença de Deus não é sinonima de ausência de tribulações, mas, nesses momentos, ele é o socorro bem presente, em tempo hábil, sem demora. E a fortaleza que nos deixa protegidos nas horas das guerras que enfrentamos. No restante do salmo, ele afirma que pode acontecer o que for: terremotos, maremotos, vulcões, guerras entre as nações, mas o Senhor dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó e o nosso refugio" (v7). Temos total e absoluta segurança em meio às tribulações.

Além disso, há a declaração de que "Ele põe termo à guerra até aos confins do mundo, quebra o arco e despedaça a lança; queima os carros no fogo" (v. 9). Essa descrição é muito enfática, expressando uma aniquilação total de todo tipo de resquicio de guerra, em qualquer parte do mundo. Entretanto, quero desafiar você a pensar agora nas guerras que são travadas no seu coração e na sua alma, porque a mão de Deus alcança também ali. Na verdade, podemos até ter guerras e tribulações ao nosso redor, mas em nossa alma ter a serenidade dos pastos verdejantes, para os quais somos conduzidos pelo nosso bom pastor. E essa ação de Deus que precisamos ter em nosso interior. Mesmo que o problema externo não tenha ainda uma solução vinda do Senhor, sua paz precisa permear nossa vida. Entregue hoje suas lutas ao seu Senhor e deixe que que tome conta de suas guerras.

Finalmente, vem a parte mais abençoada, porém, mais complicada: "Aquietai-vos e sabei que eu sou Dens (v. 10). Essa palavra exige uma atitude nossa: deixar de espernear e de viver em aflição, e simplesmente aquietar-nos. Isso exige confiança absoluta naquele que cuida de nós. Hoje, deposite suas aflições e guerras na presença dEle e aquiete seu coração diante do amor e do cuidado de seu pai Celestial. Ele apascentará seu coração e colocará sossego em sua alma.

TBS... 

terça-feira, 9 de junho de 2020

"Pois tu és o Deus da minha fortaleza. Por que me rejeitas? Por que hei de andar eu lamentando sob a opressão dos meus inimigos?. Então, irei ao altar de Deus, de Deus, que é a minha grande alegria... Por que estás abatida, o minha alma? Por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxilio e Deus meu'" (Salmo 43.2, 4-5).

"Pois tu és o Deus da minha fortaleza. Por que me rejeitas? Por que hei de andar eu lamentando sob a opressão dos meus inimigos?. Então, irei ao altar de Deus, de Deus, que é a minha grande alegria... Por que estás abatida, o minha alma? Por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxilio e Deus meu'" (Salmo 43.2, 4-5)

Ser desprezado pelas pessoas que nos cercam ou sentir desprezo por elas, mesmo que não seja real, traz ao nosso coração uma maior dificuldade em superar os dias de angústia.

Uma palavra amiga, um abraço, aquela certeza de que, mesmo que a pessoa não possa fazer nada de objetivo para nos ajudar, ainda assim ela está ali, presente, à disposição, empática diante da nossa dor. A, tudo isso nos traz um novo alento para a alma. Mas, quando nos sentimos desprezados pelos amigos, nosso coração chora mais intensamente. Contudo, pior do que isso é sentir-se rejeitado por Deus. E era exatamente assim que o salmista se sentia no salmo de hoje.

O Salmo 43 é apontado pelos estudiosos como sendo continuação do 42, como se fossem um só texto. Aqui, o escritor sacro abre seu coração e confessa a Deus aquilo que o incomodava profundamente. E não era a opressão dos inimigos, mas o sentimento de que Deus não estava agindo. 

Você também tem esse sentimento presente em seu coração nestes dias de angústia? Então aprenda com o salmista a lidar com isso.

Antes mesmo de apresentar sua queixa ao Senhor, reafir me ao seu coração o principal: a confiança absoluta em Deus.

Ele faz a oração do verso primeiro, e logo já declara: "Pois tu és o Deus da minha fortaleza " (v. 2). Isso é importante, porque sua queixa não pode ser um desabafo de quem perdeu a fé, mas uma declaração da fragilidade de seu coração. Se sua fé está abalada, não permita que seu coração acredite que Deus o abandonou, mas volte-se para o Senhor repreendendo seu coração como o salmista fez no capítulo 42.5 e 11, e agora repete novamente: "Por que estás abatida, ó minha alma? Por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxilio e Deus meu" (v. 5).

No entanto, não pare aqui. Caminhe um pouco mais com sua queixa diante do seu Senhor. Apresente-se diante dEle assim como o salmista: "Então, irei ao altar de Deus, de Deus, que é a minha grande alegria; ao som da harpa eu te louvarei, ó Deus, Deus meu" (v.4). Perceba que, agora, o sentimento de rejeição é substituído pela alegria no coração. Ao questionar a sua alma e reafirmar sua confiança no poder de Deus, aquele sentimento de abandono é repreendido como sendo um sentimento falso.

Na verdade, Deus nunca desampara o seu servo, como Davi afirmou no Salmo 27.10: "Ainda que meu pai e minha mãe me desamparem, o Senhor me acolhera'.

Dessa forma, por mais aflito que esteja o seu coração, receba hoje o doce conforto do Senhor, "porque ele tem dito: De maneira alguma, te deixarei, nunca jamais te abandonarei" (Hebreus 13.5).

TBS... 

domingo, 7 de junho de 2020

"As minhas lágrimas têm sido o meu alimento dia e noite... Sinto abatida dentro de mim a minha alma... Por que estás abatida, ó minha alma? Por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e Deus meu"(Salmo 42.3, 6, 11)

"As minhas lágrimas têm sido o meu alimento dia e noite... Sinto abatida dentro de mim a minha alma... Por que estás abatida, ó minha alma? Por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e Deus meu"(Salmo 42.3, 6, 11)

Os piores momentos de nossa vida são aqueles nos quais parece que Deus se esqueceu de nós, mostrando-se inoperante, omisso e calado. Essa dificil experiência tira a esperança de dias melhores, porque sabemos que, sem Deus, não conseguiremos superar nossas lutas. Essa angústia de alma também foi vivida e experimentada pelo salmista no texto de nossa meditação de hoje.

Qual era o contexto daquele escritor? Ele estava passando por um período de grandes tribulações, que o levavam a uma tristeza profunda. Para agravar a situação, aonde quer que ele fosse, era confrontado com a pergunta: 

"o teu Deus, onde está?" (v3, 10). 

Traduzindo para nosso contexto, é como se as pessoas dissessem: "mas se você crê em Deus, por que está passando por tudo isso?" E assim ele se deprimia mais ainda, e, quanto mais se deprimia, mais chorava; e quanto mais chorava, mais se deprimida, comprovando que, nesses momentos, um abismo chama outro abismo" (v. 7). 

Essa é a verdadeira situação na qual se tem a alma abatida. Porventura você tem passado por situação semelhante? Então atente para as instruções deste texto.

Antes de tudo, questione as razões de sua alma (v 11). É isso mesmo: questione o seu próprio coração acerca do porquê de estar triste e perturbado.

 O primeiro passo para enfrentar a depressão é deixar de lado a autopiedade. Aliste, de forma objetiva, todas as razões por estar triste e perturbado.

Não é o fato de ser cristão que vai isentar-nos de passar por provações e lutas. 

Lembre-se de que o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó é o mesmo Deus de Jó. Firme bem seus pés no chão e pergunte para si mesmo a razão de estar triste. Se possível, faça isso por escrito.

Após esse questionamento intimo, reafirme à sua alma que o auxílio de Deus não falha. 

Imite a convicção do salmista ao afirmar "Espera em Deus, pois ainda o louvarei" (v. 5, 11). 

Ele está sofrendo por causa de suas angústias, mas declara confiadatemente que esse período difícil ainda será superado, e cânticos de louvor ao Senhor brotarão de seus lábios. Isto ele fez quando a sua alma estava abatida: demonstrou sua confiança na ação de Deus. 

Esta deve ser sua atitude: reafirme sua fé no cuidado de Deus. 

"Contudo, o Senhor, durante o dia, me concede a sua misericórdia, e à noite comigo está o seu cântico, uma oração ao Deus da minha vida" (v. 8).

Finalmente, mantenha sempre seu anelo pela presença de Deus, mesmo nos momentos em que você possa estar se sentindo longe dEle (v. 1). Mantenha acesa a chama da sua fé, a confiança de que Deus age e não tardará a intervir em sua vida.

Na verdade, fazer isso já é uma evidencia de que o Espírito Santo iniciou o processo de cura e restauração de sua alegria. Aleluia! 

Tbs... 

sábado, 6 de junho de 2020

"Até o meu amigo íntimo, em quem eu confiava, que comia do meu pão, levantou contra mim o calcanhar...Quanto a mim, tu me sustentas na minha integridade e me pões à tua presença para sempre"(Salmo 41.9, 12)

"Até o meu amigo íntimo, em quem eu confiava, que comia do meu pão, levantou contra mim o calcanhar...
Quanto a mim, tu me sustentas na minha integridade e me pões à tua presença para sempre"(Salmo 41.9, 12)

É possível que uma das maiores angústias de alma que nos podem sobrevir seja a traição de um amigo. Quando um inimigo nos faz algum mal ou divulga uma calúnia contra nós, apesar de ficarmos aborrecidos, recebemos isso com naturalidade. Afinal, é um inimigo, e dele não esperávamos outra coisa senão isso. Até quando alguém estranho e neutro faz ou fala algo contra nós, ainda assim temos certa tolerância, porque aquela pessoa pode estar equivocada por não nos conhecer e não saber acerca de nosso caráter. 

👉 Mas quando um amigo faz isso, a decepção que sentimos torna-se avassaladora.

Davi também passou por essa experiência amarga e é sobre ela que fala este salmo. Na verdade, na maioria dos versículos Davi fala do ataque dos inimigos: "Os meus inimigos falam mal de mim: Quando morrerá e lhe perecerá o nome?" (v. 5).

Seus inimigos jogavam praga nEle dizendo: "Peste maligna deu nEle; caiu de cama, já não há de levantar-se' (v. 8). Ora, se quando as pessoas trazem palavras de conforto e ánimo para nós ja é difícil superar uma má fase na vida, imagine enfrentar tribulações com uma grande torcida contra nossa recuperação!

Mas isso ainda não é o pior.

Pior quando nossos amigos nos abandonam e se voltam contra nós. Veja a experiência do salmista: "Até o meu amigo Íntimo, em quem confiava, que comia do meu pão, levantou contra mim o calcanhar" (v.9). Não eram apenas conhecidos ou vizinhos, mas amigos íntimos Aquele que frequentava a casa dele, sentava-se a sua mesa e compartilhava de seu alimento.

E não apenas o abandonou no momento difícil que ele estava enfrentando, mas levantou contra ele o calcanhar, dando a ideia de agressão.

Se Porventura suas aflições tém sido agravadas por passar por uma situação assim, faça como Davi, no verso 12: "Quanto a mim, tu me susténs na minha integridade e me pões à tua presença para sempre". Primeiro, fortifique seu coração com a convicção de que é o Senhor quem te sustenta, e não seus amigos. Na verdade, o Senhor nos sustenta "através" de nossos amigos, mas caso eles se recusem a ser instrumentos nas mãos de Deus, este continua fiel e busca outra forma de comunicar-nos seu conforto e sua graça. Segundo, preserve sua integridade e continue sendo alguém reto, justo, que não paga mal com o mal, mas que é benção mesmo na vida daqueles que se recusaram a confortá-lo nessa hora de angústia. Lembre se do exemplo de Jó: "Mudou o Senhor a sorte de Jó, quando este orava pelos seus amigos (Jó 42.10). Finalmente, lembre ao seu coração que o Senhor mantém sua vida constantemente na presença dele.

Ali é o lugar seguro; nenhuma tribulação pode te abalar neste lugar. Portanto, descanse sob a boa mão Deus. 

TBS... 

terça-feira, 2 de junho de 2020

"Não retenhas de mim, Senhor, as tuas misericórdias; guardem - me sempre a tua graça e a tua verdade...Praza - te, Senhor, em livrar me; dá te pressa, o Senhor, em socorrer - me... E sou pobre e necessitado, porém o Senhor cuida de mim, tu és o meu amparro e o meu libertador; nao te detenhas, ó Deus meu" (Salmo 40.11,13,17) 🛐

"Não retenhas de mim, Senhor, as tuas misericórdias; guardem - me sempre a tua graça e a tua verdade...Praza - te, Senhor, em livrar me; dá te pressa, o Senhor, em socorrer - me... E sou pobre e necessitado, porém o Senhor cuida de mim, tu és o meu amparro e o meu libertador; nao te detenhas, ó Deus meu" (Salmo 40.11,13,17). 

Algumas situações ampliam nossa ansiedade quando enfrentamos um dia de angústia. Quando estamos enfermos e o laboratório informa que entregará os resultados em uma semana; quando precisamos de apoio financeiro e o gerente do banco só pode nos atender no dia seguinte; quando queremos conversar com nosso cônjuge sobre uma crise conjugal e ele não se dispõe a dialogar, além de várias outras situações nas quais o tempo das coisas ou pessoas não coincide com o nosso tempo. No nosso relacionamento com Deus, isso também pode acontecer. No salmo que estudamos hoje, Davi também experimentou essa angústia por receber o favor de Deus.

👉🏿 Primeiramente, ele suplica pela misericórdia do Pai sobre ele: "Não retenhas de mim, Senhor, as tuas misericórdias" (v. 11). No seu momento de dor, faça essa oração. Clama pela misericórdia de Deus porque só assim ele será gracioso, uma vez que nenhum de nós merece sua benção por nós mesmos. Mas, pela sua misericórdia, ele se inclina para nós e nos ouve (v. 1).

Mas, além disso, o salmista também pede pressa a Deus, mas o faz do jeito certo: "Praza-te, Senhor, em livrar-me; da-te
pressa, ó Senhor, em socorrer-me" (v. 13). A ideia de "praza-te" é a de que o desejo do salmista não é o de colocar Deus contra a parede para fazer sua vontade, mas de que Deus "tenha prazer" em fazer isso logo. Ou seja, que ele agilize o nosso socorro "de acordo com sua vontade, com seu prazer". Há uma diferença grande entre uma forma e outra. No seu dia de angústia, voce pode orar para que Deus apresse o socorro, mas faça-o dentro da vontade dEle, e não da sua. Por que? Porque ele sabe o que é melhor para você mais do que você mesmo. Paulo diz que a vontade de Deus é sempre "boa, agradável e perfeita (Romanos 12.2), e, por essa razão, podemos manifestar nosso desejo de ser atendidos logo, mas sem querer que a nossa vontade prevaleça sobre a dele. Portanto, se Deus está permitindo que você passe por provações, lembre-se de que ele, no tempo certo, há de fazer cessá-la. Por isso, suporte com perseverança até o tempo em que ele, dentro de sua vontade, considerá-lo aprovado: "Bem aventurado o homem que suporta com perseverança a provação; porque, depois de ter sido aprovado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor prometeu aos que o amam(Tiago 1.12). E se esse tempo ainda não chegou, continue dependendo dEle a cada dia, como mostra Davi no final deste salmo: "Eu sou pobre e necessitado, porém o Senhor cuida de mim; tu és o meu amparo e o meu libertador; não te detenhas, ó Deus meu!" (v. 17).

TBS... 

segunda-feira, 1 de junho de 2020

"Esperei confiantemente pelo Senhor ele se inclinou para mim e me ouviu quando clamei por socorro, Tirou-me de um poço de perdição, dum tremedal de lama, colocon-me os pés sobre uma rocha e me firmou os passos. E me pós nos lábios um novo cântico, um hino de louvor ao nosso Deus; muitos verão essas coisas, temerão e confiarão no Senhor" (Salmo 40.1-3). 🛐

"Esperei confiantemente pelo Senhor ele se inclinou para mim e me ouviu quando clamei por socorro, Tirou-me de um poço de perdição, dum tremedal de lama, colocon-me os pés sobre uma rocha e me firmou os passos. E me pós nos lábios um novo cântico, um hino de louvor ao nosso Deus; muitos verão essas coisas, temerão e confiarão no Senhor" (Salmo 40.1-3). 

Em uma conversa com minha família, estávamos comentando o quanto nós, brasileiros, somos displicentes com nossa saúde. Falávamos sobre a questão de um tratamento dentário, pois, normalmente, a gente só vai ao dentista quando há dor de dente. E mesmo assim, quando um tratamento emergencial é feito e tira a dor, muitos nem voltam para o tratamento definitivo. Infelizmente, muitos agem assim também com relação aos problemas e tribulações da vida.

No salmo de hoje, Davi fala de dois extremos que evidenciam um tratamento completo da parte de Deus para nossas tribulações. Ele sai do pedido de socorro, do poço de perdição, e termina em hino de louvor e testemunho. Se você tem o hábito de deixar seus problemas sem tratamento e viver de paliativos temporários ou se em sua vida os mesmos problemas vão e voltam, preste atenção neste salmo.

O começo do salmo já demonstra a qualidade de confiança que temos de ter: "Esperei confiantemente pelo Senhor (v. 1). A ideia expressa por esses termos é de uma espera com "certeza absoluta", sem nenhuma dúvida de que o Senhor o atenderia. Não é aquela espera com um "plano B" nas mãos como se pudéssemos ameaçar o Senhor: se ele não agir, então vamos fazer outra coisa. Não. Você precisa ter confiança no seu Deus. O resultado dessa espera confiante está no mesmo verso: "ele se inclinou para mim e me ouviu quando clamei por socorro." Ele conhece o nosso coração e sabe de nossas necessidades e da honestidade de nosso clamor.

Na sequência, o salmista explica a forma do agir de Deus.

👉🏿 Primeiro, ele acode na emergência e na necessidade imediata:

"Tirou-me de um poco de perdição, num tremedal de lama." (v. 2).

Perceba que, quando você entrega suas tribulações a Deus, ele agirá primeiramente na solução do problema mais imediato e emergente. Mas não pare por aqui, porque Deus não terminou de agir, e ainda fará muito mais pela sua vida. Olhe o restante do versículo: "colocou-me os pés sobre uma rocha e me firmou os passos".

Isso é maravilhoso! Deus não somente resolve o problema em si, mas providencia para que possamos caminhar em terreno firme. Aplique isso em sua experiência, em qualquer área em que esteja com crises ou tribulações.

Mais do que tudo isso, o Senhor devolve a alegria de viver: "E me pôs nos lábios um novo cântico, um hino de louvor ao nosso Deus" (v. 3). Em lugar de lamentar e gemer sob a opressão dos problemas, estaremos cantando ao Senhor um novo cântico, agora motivados pela ação libertadora dEle em nossa vida. E, no final de tudo, ainda seremos usados para glorificar a Deus por meio de nossa experiência: "muitos verão essas coisas, temerão e confiarão no Senhor”.

TBS... 

"Sou, com efeito, como quem não ouve e em cujos lábios não há réplica. Pois em ti, Senhor, espero; tu me atenderás, Senhor, Deus meu." (Salmo 38.14). 🛐

"Sou, com efeito, como quem não ouve e em cujos lábios não há réplica. Pois em ti, Senhor, espero; tu me atenderás, Senhor, Deus meu." (Salmo 38.14). 

Neste versículo, o salmista fala de um exercício difícil de ser praticado em dias de angústia: a abstinência da réplica.

Quando estamos passando por dias assim, temos vontade de querer justificar nossos erros ou lamentar pelos erros de outros que nos prejudicam. Normalmente, em razão desta postura, temos a tendência de nos tornar amargos e de entrar em uma situação que aumenta nossa angústia, pois, independentemente dos erros cometidos por nós ou por outros no passado, não podemos voltar no tempo e alterá-lo.

Essas palavras de Davi devem ser entendidas à luz dos versos anteriores. Ele fala de sua angústia de alma desde o começo do salmo, reconhecendo não só seu pecado, mas também a solidão nos momentos mais difíceis de sua vida: "Os meus amigos e companheiros afastam-se da minha praga, e os meus parentes ficam de longe (v. 11). Na verdade, todos nós podemos passar por esta experiência difícil: nossos amigos, companheiros e parentes são as pessoas mais próximas, e são usadas mais intensamente para confortar nosso coração. Entretanto, quando passamos por dias de angústia, sentimo-nos desamparados por eles, e isso agrava mais ainda nosso sentimento de abandono.

Ao mesmo tempo em que os amigos se afastam, os "inimigos" se aproximam com a finalidade de tirar algum proveito da situação (v. 12). E nessa hora que temos a tendência de apresentar réplica, tanto para os amigos como para os inimigos. E aqui aprendemos a forma correta de agir: não dando ouvidos aos boatos e comentários, nem tentando justificar nossa situação. Alguém já disse que, em meio a trovões e relâmpagos, o mais sensato é ficar quieto e calado a fim de discernir a voz de Deus no meio dos trovões. Na linguagem de Jeremias, "bom é aguardar a salvação do Senhor, e isso, em silêncio" (Lamentações 3.26). Esse exercício serve para que nos humilhemos na presença de Deus e, ao mesmo tempo, mantenhamos nosso foco na solução, e não nos problemas.

Precisamos, nesses momentos, de forma mais enfática, seguir o exemplo de Jesus, "pois ele, quando ultrajado, não revidava com ultraje; quando maltratado, não fazia ameaças, mas entregava-se àquele que julga retamente" (1Pedro 2.23) e "a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo... e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente." (Filipenses 2.7,8).

Certamente essa atitude não é fácil de ser praticada, mas considere esses momentos de angústia como uma oportunidade única para humilhar-se na presença de seu Senhor e aumentar sua intimidade com ele. O deserto não precisa ser um lugar de desespero, mas pode ser um excelente lugar para aumentar nossa dependência de Deus.

TBS...