"Com efeito, não é o inimigo que me afronta; se o fosse, eu o suportaria; nem o que me odeia quem se exalta contra mim, pois dele eu me esconderia; mas és tu, homem meu igual, meu companheiro e meu intimo amigo" (Salmo 55.12-13).
Biblia é muito clara ao ensinar-nos acerca da impor tância de termos bons amigos ("O homem que tem muitos amigos sai perdendo; mas há amigo mais chegado do que um irmão", Provér bios 18.24). Também é enfática a ideia de termos amigos que temem a Deus ("Quanto aos santos que há na terra, são eles os notáveis nos quais tenho todo o meu prazer", Salmo 16.3), e de compartilharmos com eles as nossas tribulações ("Levai as cargas uns dos outros e, assim, cumprireis a lei de Cristo", Gálatas 6.2). Mas, quando somos traídos pelos nossos amigos, principalmente os que
temem a Deus, então nosso sofrimento é muito maior.
Continuando no Salmo 55, Davi fala que todos aqueles sintomas dos versos 4 a 8 (estudados na devocional de ontem). deram-se em virtude de ter sido traido por um grande amigo e irmão de fé: "meu companheiro e meu intimo amiga Juntos andávamos, Juntos nos entretinhamos e íamos com a multidão à Casa de Deus" ( 14). Por isso ele disse: "Sinto-me perplexo em minha queixa e ando perturbado" (v. 2). A perplexidade dele é como a nossa, quando um irmão de fé nos trai e se volta contra nos. Olhe como Davi fala dessa traição: "Tal homem estendeu as mãos contra os tinham paz com ele; corrompeu a sua aliança. A sua boca era mais macia que a manteiga, porém no coração havia guerra; as suas palavras eram mais branda que o azeite; contudo, eram espadas desembainhadas" (v. 20-21, Ele diz no verso 12 que, se fosse o inimigo, ele suportaria, uma vez que - obviamente - lutaria contra e resistiria duramente se fosse o que o odiava, ele se esconderia, porque é fácil fugir evitar qualquer contato com quem nos odeia. Mas como fazer com aquele que nos ama? Não podemos agredi-lo nem odiá-lo - porque temos o mesmo Senhor! Como lidar com isso? Se você tem experimentado esse desgosto, fique atento às instruções do salmista. Comece abrindo seu coração ao Senhor contando tudo isso para ele, com todos os detalhes que Davi usou neste texto, inclusive especificando nomes daqueles que estão trazendo angústias à sua alma ("Eu, porém, invocarei a Deus, o Senhor me salvara" – v. 16). Mas, como aprendemos ontem, ore o tempo todo, evitando a oração esporádica e mecânica ("A larde, pela manhã e ao meio-dia, farei as minhas queixas e lamentarei; e ele ouvirá a minha voz"-v. 17).
Finalmente, entregue-se ao Senhor confiando em que ele é fiel para cumprir suas promessas: "Confia os teus cuidados ao Senhor, ele te sustenta; jamais permita que o justo seja abalado" (v. 22). Apascenta seu coração com essas palavras e continue esperando pelo socorro do Senhor, porque ele reverterá a inimizade contra você em manifestações de amor e de reconciliação.
Tbs