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quarta-feira, 12 de agosto de 2020

Tem misericórdia de mim, ó Deus, tem misericórdia, pois em ti a minha alma se refugia; à sombra das tuas asas me abrigo, até que passem as calamidades. Clamarei ao Deus Altissimo,ao Deus que por mim tudo executa" (Salmo 57.1-2).

"Tem misericórdia de mim, ó Deus, tem misericórdia, pois em ti a minha alma se refugia; à sombra das tuas asas me abrigo, até que passem as calamidades. Clamarei ao Deus Altissimo,
ao Deus que por mim tudo executa" 
(Salmo 57.1-2). 

Eu disse a um presbítero muito amado, já idoso, que ele deveria ser feliz, afinal, todos os filhos já eram adultos, casados e bem encaminhados na vida. Ele poderia agora aproveitar sua vida com sua amada esposa, sem nenhuma preocupação com os filhos. Ele respondeu: "Não, pastor, o senhor está enganado: na família pode trovejar para todo lado, mas o raio cai é aqui!”. Aquele irmão, que hoje está na glória, discorreu acerca de um fato comum nas famílias: os pais oferecem abrigo aos filhos nas horas das tribulações. Esse abrigo seguro é citado por Davi no nosso Salmo de hoje.

Lembra-se da Pedra de Escape em nossa meditação do Salmo 54? Pois é. Quando Saul estava para prender Davi, o Senhor moveu um levante dos filisteus contra Israel, e Saul teve de desistir da prisão de Davi. O Salmo 57 foi escrito na continuação daquela história, tendo como contexto os acontecimentos registrados em 1 Samuel 24. Saul resolveu a questão da invasão dos filisteus, e voltou a perseguir Davi, que estava escondido em uma caverna que, de tão escura, impediu que Saul visse que Davi estava ali, ao seu lado. Foi nesse
contexto que Davi escreveu o Salmo, que traz para você uma instrução abençoada sobre a ação de Deus em nossos dias de angústia.

Em algumas tribulações que enfrentamos, não há absolutamente nada que possamos fazer para resolver nosso problema. Esse era o caso de Davi, porque o seu temor a Deus o impedia de agredir o rei, mesmo tendo tido inúmeras oportunidades: “O Senhor me guarde de que eu faça tal coisa ao meu Senhor, isto é, que eu estenda a mão contra ele, pois é o ungido do Senhor" (1Samuel 24.6). O que ele podia fazer é o mesmo que nós em algumas de nossas crises: ficar quieto, aguardando até que Deus resolva a situação. E foi exatamente isso que ele fez: "pois em ti a minha alma se refugia; à sombra de tuas asas me abrigo, até que passem as calamidades" (v. 1). Ao invés de entrar em pânico por não poder fazer nada com relação às suas tribulações, descanse no abrigo seguro das asas do seu Deus, "até que passem as calamidades". E enquanto esse dia não chega, mantenha-se firme no Senhor e louve-o pela segurança que ele lhe proporciona, como fez o salmista ("Firme está o meu coração, ó Deus, o meu coração está firme;
cantarei e entoarei louvores" - v. 7). Para manter essa confiança inabalável no Senhor, e louvá lo mesmo em meio às tribulações, é preciso que você conheça seu salvador e reafirme para seu coração as características do seu caráter: "Pois a tua misericórdia se eleva até aos céus, e a tua fidelidade, até às nuvens" (v. 10), Ele é fidelissimo. Portanto, se você não pode fazer nada para resolver suas crises, entregue tudo nas mãos do Senhor e, ainda hoje, louve-o pelo abrigo seguro que ele lhe proporciona.

TBS... 

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