O espírito do mundo é fino como aquilo que não se pode ver. Ele se apóia em todas as coisas que não sejam verdade.
Assim, virtualmente, apóiam-se em todas as coisas.
Desse modo, são leves brisas as forças que mais nos afastam do passo.
As tempestades são grotescas, caricatas.
Mas as brisas preguiçosas e que se esfregam por nós todos os dias, são as forças que mais nos deslizam sutilmente para fora do passo.
Desse modo, tudo de bom pode contribuir para o que é ruim; e o que é ruim para o que é bom; pois, tudo depende de quem recebe cada coisa, e de como a recebe.
Muitas bondades com o tempo podem se tornar algo ruim. E muitas maldades podem gerar algo bom.
Mas o bom sempre será bom, mesmo quando a bondade se torne algo ruim conforme uma outra interpretação. Assim como a maldade sempre será ela própria mesmo que algum bem seja apesar dela auferido por alguém.
Porém, penetrantes são as brisas geladas do espírito do mundo, as quais, penetrando por todas as nossas fragilidades, dão metástase de câncer de mundo por todo o ser.
Por vezes é frio. Ou pode ser como a lamina do calor mais indecifrável.
Entretanto, quando se percebe... — o espírito já vê através de nós e nós através dele.
Então, nesse ponto, somos conectados ao Espírito do Mundo, como um todo.
Ora, esse processo evolui em suas instalações em nós. Cresce na destruição da nossa simplicidade interior; e nos torna muitos, nos torna múltiplos, nos torna Legião.
Mas o pior nível de “conexão” com tal espírito, é quando a pessoa já não é mais nada além do vento do espírito do mundo.
Um zumbi dos modos, das modas, e dos moods dos tempos.
Então, cada vez mais a pessoa sente como o mundo. Encanta como o mundo, se fascina pelo mundo, se devota ao mundo, se sente parte do mundo, acha o máximo ser clone dos tempos, e fica a mercê dos sentimentos da geração prevalente.
Por isso Jesus mandou que nos acautelássemos das “conseqüências” das orgias, da embriagues e das dissoluções deste mundo.
Pois, basta que se fique vulnerável às “conseqüências”, que o espírito que corresponde ao que de concreto ele expressa no mundo, já encontra seu poder em nós, e se instala em estado delicadamente latente, mas pronto para emergir em nós.
É uma possessão existencial, psicológica, cultural e coletiva. Inconsciente e coletiva. Assim, ficamos sendo habitados pela latência de uma gestação perversa, pronta para eclodir tão logo as circunstancias a evoquem.
Como disse João: “Filhinhos, fujamos dos ídolos!”.
A defesa é uma só:
Discerni os espíritos e eles fugirão de vós!
Nele,....
quinta-feira, 14 de agosto de 2008
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