Acrescentou Deus: Toma teu filho, teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá; oferece-o ali em holocausto, sobre um dos montes, que eu te mostrarei (Gn 22.2). Há momentos em que Deus parece estranho. Há momentos em que a fé parece lutar contra a esperança.
O mesmo Deus que prometera um herdeiro a Abraão e demorara 25 anos para cumprir a promessa agora ordena a Abraão sacrificar o filho da promessa. Abraão não discute com Deus; apenas obedece, e o faz imediatamente. Naquela mesma madrugada, o velho patriarca racha lenha, chama dois de seus servos e parte com Isaque rumo ao monte Moriá, onde ofereceria seu filho em holocausto.
O texto bíblico não traz a essa narrativa uma perspectiva emocional, mas isso não significa que Abraão fez aquela caminhada sem profunda emoção. Ele sabia que estava caminhando para sacrificar o amado de sua alma. Cada passo rumo a Moriá era como se o
universo inteiro desabasse sobre sua cabeça. Sua fé inabalável lhe dava plena certeza de que Deus ressuscitaria seu filho. Ele sabia que o altar do sacrifício seria palco de adoração. Sabia que, no
monte do Senhor, Jeová Jiré é poderoso para prover ocordeiro substituto.
No topo daquela montanha,Abraão levanta um altar e oferece seu filho, mas Deus ergue sua voz e impede o sacrifício, oferecendo umcordeiro substituto. Dois mil anos depois, o Filho deDeus estava preso no leito vertical da morte, suportando o peso do mundo sobre si, quandoclamou: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?(Mt 27.46). Para o Filho de Deus não houve um cordeiro substituto, pois ele é o único Cordeiro quetira o pecado do mundo. Porque Deus nos amou,entregou seu Filho como sacrifício pelo nosso pecado.Ó bendito amor! Ó amor eterno! Ó incomensurávelamor!
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